segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dona Nilzete.

Olá! =)

Atualizar o blog tem ficado cada dia mais difícil, falta tempo!Mas vamos lá, hoje trago para vocês um texto que eu fiz na aula de Técnicas da Comunicação I, uma crônica.Esse gênero textual tem como matéria prima bruta temas do cotidiano, memórias, aspectos prosaicos da vida.

"A audição é um sentido que vem tendo suas utilidades transformadas ao longo dos anos.Pensar sobre esse assunto me faz viajar no tempo: talvez porque mesmo com 19 anos eu já tenha vivenciado experiências sonoras muito intensas, como meus 10 anos de ballet clássico.Criada em uma família meio portuguesa meio italiana, como um pedido delivery na pizzaria, cresci em meio a degustações de vinho e festivais de massas, mas nem assim desenvolvi um olfato ou paladar condizentes.Já sobre a visão, não posso afirmar o mesmo, pois tenho memória fotográfica desenvolvida: ela funciona como um "salva-vidas" nas provas, fazendo-me lembrar de fórmulas e anotações em cantos obscuros dos meus cadernos de estudos.Ainda assim, a audição é um canal de percepção que me marcou, e ainda marca muito.

Desde os seis anos, quando minha mãe, meu pai e meu avô íam trabalhar , eu ficava na casa dos meus avós.É desse período da minha história que sinto mais falta, não só porque hoje a minha avó não está mais comigo, mas também porque os sons que fazem parte da minha vizinhança me levam de volta ao tempo em que vivi e aprendi muito com ela.Hoje, a dor da perda se transformou em saudade boa, em alegria de ter tido uma pessoa como ela na minha vida.Alguns dos sons que me marcaram foram: as badaladas do relógio de cuco na sala de jantar, que resistia valente aos relógios digitais da casa; os alto-falantes dos caminhões de frutas, legumes, ferro velho e tudo mais que eles conseguissem vender; as músicas que ela cantava para me fazer dormir; e as tantas outras canções que embalavam nossas peripécias gastronômicas e brincadeiras.

Esses sons que me fazem voltar no tempo são sons afetivos...Hoje tudo é transmitido através de parafernálias auditivas cada vez mais engenhosas.As pessoas na rua insistem em se conectar a estes estranhos aparelhos ,e assim fecham-se em seus mundos, se privando de qualquer possibilidade de diálogo.Como se enfrentar a rotina fosse algo tão maçante que consumisse também a energia para conversar e conhecer novas pessoas no caminho.

Nestas horas me surge a imagem quase perfeita da minha amada avó emitindo seu juízo sobre esses dias de tanta correria e egoísmo: "O que essas pessoas vão contar para seus netos se elas nem ao menos sabem se ouvir?".



Espero que gostem!

domingo, 8 de agosto de 2010

Curta de Introdução ao Cinema PUC RIO 2010.1

Sem tempo p/ elaborar um post digno pessoal!Vejam com carinho a nossa produção, que deu taanto trabalho e rendeu tantas gargalhadas!

http://www.youtube.com/watch?v=N_DeBykUzi4