sábado, 8 de outubro de 2011

Super Poderes, não tão heróis.

Às vezes não há outra coisa que queira além do poder de controlar os pensamentos.Essa habilidade é minha aspiração, é como um sonho de criança, daquela que quer mudar o fim da história.Com sua inocência ainda não sabe a inconveniência de perguntar o "porquê" de tudo.Está aí, minha cabeça de pequena não consegue naturalizar certas realidades que só assim se concretizam pela perícia dos mais alinhados, automáticos, desapercebidos, intactos.

Tenho muito que aprender com esses, ajuizados juízes que dizem saber das coisas e, fechados, mantém suas razões lapidadas e intocáveis para não debater...e depois a criança sou eu.

Queria controlar os pensamentos, pressionar o stop na hora de dormir: quem nunca deitou cedo e dormiu tarde porque, de olhos fechados, reconstituía cada momento, cada fala, cada olhar, cada gesto...ou então projetava, ensaiava, tentava prever o amanhã, e quando ele chegava - que coisa - nada dos meus escritos saía do papel, não há papéis, todo o imaginado se dissolveu.

Queria controlar os meus pensamentos e o dos outros também: não pensar no que é proibido ou atípico; mudar essas barreiras que não me deixam pensar em paz.Para que tanta repressão?Tantas categorias? Quando , na verdade, precisamos nos acolher, nos envolver em busca de uma verdade.Verdade agora essa, não imposta, unilateral, mas, construída dentro de todos, por cada um.

Queria mudar o pensamento de quem anda em busca.Queria mudar os estereótipos, os planos de vida, os padrões,as guias e os meios-fios...Engravatados, limitados, engarrafados, temporizados...Será que é isso que a vida tem a nos oferecer?

Eu acredito que não, embora eu pense, e sobre isso não tenha controle, acredito no maior, na felicidade do dia-a-dia, na virtude das pequenas coisas, no aqui, no agora e no amanhã.

Trabalhe para ganhar dinheiro para pagar suas contas para se alimentar para repor as energias para trabalhar novamente para ganhar dinheiro para comprar mais alguma coisa que se acaba.Acabou? Trabalhe para bancar sua saúde comprometida por apenas fazer ganhar dinheiro para envelhecer e se aposentar.Se acabou? Agora aproveite.Não tem que ser assim, cada um deve traçar o seu caminho, certo ou errado, o seu: buscar o que lhe for de agrado.Sobrevivência e felicidade andando juntos, por que não?Quem sou eu/meus pensamentos para dizer o que se deve fazer?Ninguém/nada, apenas um pensamento e um sentimento maior ainda.

De cima para baixo vem as imposições,talvez devêssemos sobre isso pensar.Na verdade pensamos, tanto que somos capazes: escolhemos, elegemos, compramos, acreditamos, caminhamos e nos mobilizamos.Ah não?

Uniformidade, constância e subordinação nada tem nada a ver tranquilidade e sobriedade.Inquietude é uma virtude e quando nada mais me incomodar, me rendo, pois sei que não consigo mais enxergar em meio a tanta sujeira, sujeita a tudo e a todos.Crítica, discernimento e atividade, vida.

Talvez o controle dos pensamentos não seja o que mais quero.Quero mesmo é que os descontrolados pensem e façam de suas extravagâncias um modo de vida; modo que se destaca desse bloco de gente cinza que se move sempre na direção mesma de lugar nenhum.



Controle-te, pense, pois se pensar descontrolar-te-ás, só quem pensa pode desentender o controle dos teus e de outros alguns, corruptos, enfim, o poder.

domingo, 28 de agosto de 2011

Vende-se Cultura

Nesse domingão, dia de clássicos-almoço em família-acordar sem despertador-ter preguiça, para mim também é dia de entrega ao ócio criativo e organição das epifanias semanais em um digníssimo post, ao menos eu tento.

A questão em discussão hoje, surgiu para mim durante uma palestra do Eduardo Coutinho, importante cineasta brasileiro, super reconhecido por seus documentários (entre os mais famoso "Jogo de Cena" e "Cabra marcado para morrer").Após a exibição da sua mais nova criação, tivemos oportunidade de fazer perguntas e escutar as histórias de uma das pessoas mais interessantes que já tive oportunidade de "conhecer" de perto.A televisão brasileira está em foco.


Eduardo Coutinho na ECO-UFRJ


Aqui no país, a TV chegou no ano de 1950 sintonizada na Tupi pelas mãos de Assis Chateubriand, como parte do conglomerado de mídia dos Diários Associados.Eram poucos os televisores disponíveis, todos eram trazidos da exterior.Apenas em Novembro, do mesmo ano, o governo passou a organizar as concessões, sendo as primeiras agraciadas as emissoras Tupi, Record e o Jornal do Commercio, respectivamente de Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

Passarei agora, por fatos curiosos da história da Televisão.

*Em 1979, levantamento feito pela Federação Nacional dos Jornalistas demonstra que até março havia 1.483 emissoras de rádio e TV no Brasil. Durante o governo de José Sarney (1985/1990), foram distribuídas 1.091 concessões de rádio e TV, 257 no mês que antecedeu a promulgação da Constituição.Desse total, 165 beneficiaram 91 parlamentares, 90% dos quais votariam a favor do mandato presidencial de cinco anos, defendido por Sarney, durante a Assembléia Nacional Constituinte.O resultado dessa incrível coincidência foi que grande parte das novas emissoras de televisão do Brasil veio a ser controlada por grupos oligárquicos regionais.

*Em 1985, o caminho da televisão mundial foi definido por uma escolha pequena, pontual, nunca simples.Entre os padrões de transmissão existentes tínhamos o VHF e o UHF, o primeiro permite a transmissão de 6 a 7 canais por espectro, enquanto o segundo comporta até 70 canais.A escolha dos executivos da mídia americana(NBC, ABC e CBS) foi pelo segundo padrão, devido a menor concorrência e a maior possibilidade de padronização da programação, o que levaria a menores gastos com produção de diferentes conteúdos, etc.A partir daí as indústrias foram proibidas, durante um período, de produzir TV´s compatíveis com o modelo de espectro amplo.O fato é que o padrão técnico e estético de TV definido,a partir de então, pelos grupos dominantes, foi o comercial, não o democrático e variado, e até hoje, ninguém se importou em mudar isso.

*Em 1989, a TV Record de São Paulo, cujas ações até então pertenciam ao Grupo Silvio Santos e ao Grupo Paulo Machado de Carvalho, foi vendida ao empresário-bispo Edir Macedo. (Sim, empresário-bispo, quase uma "personalidade da mídia")

A partir dos anos 90 houve o acirramento por audiência na TV.As tentativas de maquiar o caráter puramente comercial assumido pelo programação, em geral, foram frustradas.Fazer TV virou sinônimo de vender, de conquistar consumidores e fatias de mercado, não mais de educar o cidadão e promover informação qualificada e conhecimento.

Logo em seguida, ainda nos anos 90, chega a TV por assinatura no Brasil.Esse fato diverge de tudo que os homens de poder acharam que satisfazia o espectador.Não éramos uma massa uniforme e generalizada que se contentava com 6, 7 canais; éramos nichos, formados por diferentes valores e padrões de comportamento.Será que se, antes, o modelo de distribuição de espectros "escolhido" fosse o UHF, teríamos sido poupados de um longo período de programação não-personalizada e agora, preços abusivos de redes privadas de TV a cabo que vendem a variedade a qual sempre quisemos desfrutar? Um dia, essa escolha esteve aí para ser definida, mas o poder de decisão estava, para variar, em mãos erradas.





No início dos anos 2000 surge a TV Digital, uma melhor resolução de imagem para a TV aberta, em resposta a ofensiva da TV por assinatura.Mas o fato é que, cada vez mais pessoas continuam migrando para os canais fechados.Será que não está na hora de uma reforma?Será que não está na hora de deixar as pessoas escolherem o que querem assistir através de uma oferta mais variada de programação na tv aberta?Será que as pessoas com pouca renda vão ter que continuar pagando/fazendo gatos para terem a programação que lhes agrada?

TV no Brasil é concessão estatal, sendo assim, não parece estranho que o povo tenha que pagar empresas privadas para ter a programação desejada?Não parece estranho que horários sejam vendidos por preços exorbitantes?Não parece estranho que um estado laico tenha canais abertos com tanta programação religiosa?Não parece tudo tão estranho?

Há, de fato, muita coisa estranha com a TV brasileira hoje.É necessário que as emissoras parem de se fechar em seus simulacros fantasiosos e percebam as reais
demandas das pessoas que pagam os impostos à federação.É importante mostrar o que queremos, e não o contrário, a passividade só leva a alienação: seja dono de si mesmo, tenha voz, faça sua escolhas.

Para quem quiser se aprofundar no assunto, uma dica de leitura é o Blog do Grupo de Mídia Brasília.O servidor lindo não está deixando eu inserir o link, mas vale a pena conferir!



Bom fim de domingo!

sábado, 20 de agosto de 2011

O Onda de Colaboração: Tendência e Ameaça.

Nossa, acabei de perceber que na última vez que escrevi nesse blog tinha 19 anos (18 no perfil), divulgava os posts no orkut e tinha paciência de twittar várias vezes ao dia.Ou seja: grave.Sabe aquela situação de apego?Não acessa, mas também não deleta...é, assim mesmo.

Vivo tendo idéias para escrever aqui, mas materializar tem sido difícil.Serei a primeira a comprar o Isomething da Apple que tiver um aplicativo de transcrição direta de pensamentos para a wall do blog, acho, inclusive, que esse momento não se demora.

Então, que tal levantar, sacudir a poeira, e aproveitar o vácuo fugaz que ainda existe entre o momento em que as atividades-que-tomam-boa-parte-do-tempo se transformam naquelas que de fato nos atolam integralmente, não é? Início de período: I´m glad you´re still here!

Bom, vamos a pauta proposta: Resolvi abordar a onda de colaboração que vem crescendo em todos os campos do conhecimento através do embate entre dois sistemas operacionais da informática, vamos a eles:

Windows X Linux: Os cavaleiros no campo de batalha são, de um lado Bill Gates, de outro, Linus Torvalds.Não nos esqueçamos que, a espreita, o não tão focado, mas nem por isso, menos importante: Steve Jobs, observa atento, indeciso.Podemos ouvir seus altos pensamentos, parafraseando um nome que prefiro não comentar, que no contexto da República de Weimar,viu, nos nazistas, um "mal menor" em comparação com os social-democratas.Depois dessa salada histórica, pensamos: quem seria o "mal menor" para o CEO da Apple (Top #17 da lista world powerfull; Top #110 da lista world billionaires; Top #34 na lista EUA´s billionaires, de acordo com ranking de 2011 da revista Forbes)?!

Superemos a tontura causada por tantas referências,necessárias ao tema,e sigamos em frente.Fazendo um breve histórico do Linux temos:

* 1991 :Criação na Universidade de Helsinki, na Finlândia, por Torvalds, ainda universitário, na busca de aprimorar os sistemas operacionais existentes na época;
* 1992: Foi distribuído através Safety System, uma rede mundial de cooperação;
* 1993: A plataforma de distribuição chegou aos CD´s;
* 1994: O Linux já contava com 900.000 usuários e 100.000 colaboradores, passando a ser usado inclusive, em atividades da NASA;
* 1995: Chega ao Brasil através da Conectiva;
* 1996: Houve um maior engajamento na criação de uma interface amigável para o programa;
* 1997 :Linus passa a trabalhar na Transmeta, no Vale do Silício;
* 1998 : Já são 6,3 milhões de usuários;
* 1999: Já são comercializados PC´s com o sistema Linux integrado, além do "Samba", programa que particiona arquivos do sistema windows;
*2000 : Atinge-se 14,400 milhões de usuários;
*2001 : A causa recebe investimento de 1 bilhão de dólares da IBM e cria projetos de assistentes pessoais de satélites com a NASA (PSA Project).Nesse mesmo momento, inclusive, um programador brasileiro é eleito pelo prórpio Torvalds o mantenedor do núcleo do sistema Linux no mundo: Marcelo Tosatti.


Kurumin, Sistema de distribuição personalizada do Linux.



O Linux se desenvolve,então, como uma invenção colaborativa, contado com múltiplos
usuários que fazem auditorias constantes em comunidades visando sua melhora.É um software livre, gratuito, de código aberto e que convive com a máquina de cada pessoa de forma harmônica.Qualquer semelhança com a internet não é mera coincidência.A WEB é, por natureza, um ambiente de colaboração e discussão: compartilhamos conteúdo por compartilhar, discutimos nossos problemas em comunidades com o intuito de ajuda mútua, sem cobrar por isso.É inclusive por essa natureza econômica de dádiva (eis o porquê dos sites que oferecem descontos e gratuidades fazerem tanto sucesso)do ambiente eletrônico que os mais diversos setores do mercado tem dificuldade em materializar qualquer tipo de cobrança pela internet, é uma amarra com a qual o usuário não quer se prender, ele quer ser um USER e não um mero CONSUMER.A saída alternativa para esses marketers tem sido a criação de "jardins murados": aqueles aplicativos que baixamos com a ilusão de que são gratuitos, mas para ter acesso a diversos aspectos e conteúdos dele você paga alguns centavos aqui e ali, e quando chega a conta final... SURPRESA!





Já o Windows vai na contra-mão de todos esses conceitos, tem baixíssimo grau de personalização: ficamos tão dependentes da obsolescência planejada dos grandes conglomerados que, para fazer uso de versões atualizadas de programas, somos obrigados a comprar novas máquinas, compatíveis.A tecnologia se torna distante, e superior, paga e monopolizada.A relação não é de cooperação, e sim, de dependência unilateral.A idéia do copyright é transferida da indústria fonográfica e trazida para o campo dos softwares, o conhecimento e a colaboração são embarreiradas pela burocracia dos grandes investidores.

Qual será o desfecho dessa história? Estamos no clímax dessa discussão: será que a colaboração irá vencer as amarras do lucro ou será que futuramente, navegar pela internet terá tarifação pontuada, como o telefone?Será que estaremos todos nos ajudando sem pretensão e mediação dos ávidos por tirar proveito de tudo, ou será que cada página acessada será contabilizada por PPC (Unidade de medida de valor do Google que significado "Pay Per Click")?

A reflexão que cabe aqui é mais do que "Em quer WEB vou navegar no futuro" , é "Futuramente, que valores estarão vigendo no mundo?"

Cabe a cada um escolher o caminho que quer seguir, ou LET GOOGLE DO IT.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

É agora ou ... só na próxima eleição.

Oláá!

Post relâmpago só para ajudar os indecisos e não-esclarecidos sobre os cargos (menos badalados) para os quais vamos votar dia 3 de outubro.Está chegaando!

Achei essa reportagem na Veja São Paulo e achei muito boaa, eficiente e de fácil entendimento.Aí vai:

SENADO
Como é hoje:

81 senadores.
8 anos de mandato.
R$ 16.512,09 de salário (15x por ano).
20 pessoas na equipe de cada parlamentar
.

*O que faz um senador?
Propõe leis e emendas constitucionais, vota a aprovação do orçamento da União e tratados internacionais, fiscaliza as ações do governo e permite a alteração e extinção de cargos.Pode processar e julgar presidentes e ministros, votar a nomeação do diretor do Banco Central, de membros do Tribunal de Contas da União (TCU) e autorizar operações de crédito entre União, estados e municípios.

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*Quem os senadores representam?

As unidadades da federação.Cada estado, bem como o Distrito Federal, elege três representantes, independentemente do tamanho de sua população.

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*Como são eleitos?
Pelo sistema majoritário, em que saem vitoriosos aqueles que obiveram mais votos.A coligação a que pertencem não interfere na soma de votos, ao contrário do que ocorre na eleição de deputados e vereadores.

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*Por que neste ano temos que votar em dois candidatos ao Senado?
Um terço da Casa se renova numa eleição e, quatro anos depois, renovam-se os outros dois terços.Caso o eleitor vote duas vezes no mesmo candidato, terá convertido apenas um voto válido.

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*Para que servem os suplentes?

Eles desempenham função de vice: são eleitos sem que tenham recebido um único voto e assumem o cargo em caso de afastamento, morte ou impedimento do senador.Cada senador tem dois suplentes.Muitos são parentes do candidato ou financiadores da campanha.Por casa do mandato longo, é comum o senador deixar a Casa para assumir uma função no governo ou mesmo outro cargo eletivo.Em médio 62% dos eleitos permanecem os oito anos no posto.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

513 deputados.
4 anos de mandato.
R$ 16.512,09 de salário(15x ao ano).
R@ 27.769,62 é a cota mensal para despesas de gabinete e passagens.
5 a 25 pessoas compõem a aquipe de cada parlamentar.
60.000 é a soma máxima do salário de toda equipe.


*O que faz um deputado federal?
Propõe leis e emendas constitucioansi, vota a aprovação do orçamento da União
e de tratados internacionais, fiscaliza as ações do governo e permite a alteração e a extinção de cargos, assim como os senadores.Também pode autorizar a instauração de processos contra o presidente e ministros.Sua rotina é dividida entre trabalhos nas comissões temáticas, discussões e votações em plenário, além de atendimento nos gabinetes.

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*Quem ele representa?

A população dos estados.Cada unidade da federação tem um número de deputados teoricamente proporcional à sua população.Como o número mínimo é de 8 e o máximo é de se
70, existem graves distorções.

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*Como é a eleição?
Pelo sistema de proporcionalidade.O total de votos recebidos por um partido ou coligação indica quantas cadeiras ele ocupará.Pode ocorrer de um candidato obter pouco votos, mas pertencer a uma coligação bem votada e ser eleito.Também pode acontecer de um candidato que obteve muitos votos, mas pertence a uma coligação que consquistou poucos vagas, não se eleger.

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*Como é calculado o número de vagas de cada coligação?

Primeiro calcula-se o quociente eleitoral, que é o total de votos válidos dividido pelo número de cadeiras daquele estado.Esse resultado é o mínimo de votos necessários que um partido precisa obter para eleger um candidato.Depois, é preciso dividir o total de votos recebidos pelo tal quociente eleitoral.

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*Como os deputados interferem no orçamento?
No fim do ano, o governo envia à Câmara uma proposta de orçamento para os doze meses seguintes.Os deputados podem alterar a previsão de despesas de certas áreas e apresentar emendas, pelas quais reservam uma parte da receita total para projetos de sua autoria.As emendas podem servir como moeda de troca para que o Executivo consiga aprovar projetos considerados importantes.

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
94 é o total de deputados estaduais.
4 anos é a duração do mandato.
9.635,40 é o salário + 11.885,40 de ajuda de custo anual.
16 pessoas compõe a aquipe de cada parlamentar.
80.000 é a soma máxima do salário da equipe.
180.000 é a verba do gabinete.


*O que faz um deputado estadual?
Propõe leis e emendas válidas em todo o estado, vota a aprovação do orçamento do governo e fiscaliza ações.Pode decidir sobre o aumento de impostos estaduais, realização de convênios e pedidos de empréstimo.

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*Quem ele representa?
Os cerca de 41 milhões de habitantes do estado.O eleitor pode escolher o candidato que mais lhe agradar, independente do município onde mora.

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*O deputado estadual representa a cidade onde eu moro?
Não necessariamente.Como cada um dos deputados estaduais atua mais fortemente em determinadas regiões de estado, é interessante saber quem são os candidatos que se propõe a trabalhar pela sua cidade.Na urna, porém, não importa que o eleitor more no Rio de Janeiro e opte por um candidato que é forte no interior, por exemplo.Deputados estaduais atuam como mediadores entre prefeituras e estado, negociando apoios e recursos para projetos municipais e transmitindo as demandas dos cidadãos.

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*Como eles são eleitos?
Da mesma forma que os deputados federais, pelo sistema proporcional.

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*Que decisões da Câmara dos Deputados impactaram nosso cotidiano?
A lei Antifumo, que baniu o cigarro de bares, restaurantes, boates e outros locais públicos e cobertor, foi aprovada pelos deputados estaduais.O mesmo ocorreu com a regulamentação do funcionamento das empresas de telemarketing.


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Na hora de escolher os seus votos, procure também:

*Identificar falsas promessas.

*Não relevar a influência do partido.

*Dizer não ao fichas-sujas ( que por enquanto vence na votação do STF para entrar em vigor ainda esse ano).

*Denunciar crimes eleitorais.

*Pensar: novidade é sempre bom?

*Pensar:voto oposicionista ou governista?

*Pesquisar a carreira política dos candidatos.






Eu já decidi meus votos e vocês?Bom...quem sabe assim poderemos acabar com essa sujeirada que vemos todos os dias por aí, não é?!

Boa noite =)

domingo, 12 de setembro de 2010

A revolução não sera televisionada, mas estará nas redes sociais!

Olá! =)

Tá tudo empoeirado por aqui, não?!Bom, entre back ups de computador, sinais baixos de wi fi, falta de tempo e de assunto...estamos de volta!

O assunto do dia é uma BOMBA!Pois é, mas uma bomba interna.O ombudsman da Folha de São Paulo escreveu hoje sobre a repercurssão que a postura do jornal tem dado nas redes sociais, no twitter, mais especificamente.Leiam o texto que atende pelo título de "O ataque dos pássaros" e entendam:

"A FOLHA vem se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Roussef.Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente do Sul.Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.

Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidos de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma".O problema nem era a reportagem, que questionava a falta de iniciativa do Ministério de Minas Energia para mudar uma lei que acabava por beneficiar com desconto na conta de luz que não precisava.

Colocar uma lupa nas questões da candidata do governo é uma excelente iniciativa, mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente.

Foi iniciativa de Dilma criar a tal Tarifa Social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso.É facil mexer com um benefício social? Não, o argumento de que faltava um cadastro de pobres que permitisse identificar apenas os que mereciam a benesse faz muito sentido.Existe alguma suspeita de desvio de verbas? Nada indica.

O lide da reportagem dava um peso indevido ao que se tinha apurado.Dizia que a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma "eficiente gestora", mas que "um erro coloca em xeque essa imagem".Essa tem que ser a conclusão do leitor, não do jornalista.

Uma manchete forçada como a conta de luz, somada a todo o noticiário sobre o escândalo da Receita, desequilibrou a cobertura eleitoral.Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na FOLHA para fazer "denúncias".Nada sobre seu governo recente em São Paulo.Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.

Os leitores perceberam a assimetria.Durante a semana, foram 194 mensagens à ombudsman protestando contra o noticiário, mas o maior ataque ocorreu no Twitter, a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres.Até quinta-feira passada, tinham sido postadas mais de 45 mil mensagens anti-FOLHA.

CRIATIVIDADE

Os internautas inventaram manchetes absurdas sobre a candidata de Lula: "Empresa de Dilma forneceu a antena do iPhone 4", "Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!", "Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança" e "Errar é humano.Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".

O movimento batizado de #Dilmafactsbyfolha virou um dos assuntos mais populares ("trending topics") do Twitter em todo o mundo, impulsionado, em parte, pela militância política -segundo levantamento da Bites, empresa de consultoria de planejamento estratégico em redes sociais, 11 mil tuítes usaram um #ondavermelha, respondendo a um chamamento de campanha do PT na rede.Até o candidato a governador Aloizio Mercadante elogiou quem engrossou o coro contra o jornal.

Mas é um erro pensar que apenas zumbis petitas incitados por lideranças botaram fogo no Twitter.O partido não chegou a esse nível de competência computacional.

Na manada anti-FOLHA, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal.

Não dá para desprezar essa reação e a FOLHA fez isso.Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno.O "Cala Boca Galvão" na Copa virou notícia.No primeiro debate eleitoral on-line, feito por FOLHA/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido "trending topic".Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa.

A FOLHA deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes.O apartidarismo -e não ter medo de crítica -sempre foram características preciosas deste jornal."



Eu que tire a foto! hahaha



Aí está.Fique claro que a minha intenção nesse post não é falar sobre política ou influenciar voto de ninguém, até porque não tenho qualificação para isso.Não carrego rótulo de onda vermelha, verde ou de tucano, mas acho importante que todos entendam o poder de repercurssão das redes sociais.

Nós, jovens, não precisamos ficar melancólicos, sedentos por uma utopia tão marcante como a criada pelos que conviveram com a ditadura (quem aí nunca ouviu:"esses jovens de hoje não tem ideologia, não viram Golpe Militar, não tem nada na cabeça!"??); devemos, pelo contrário, entender que a as manifestações hoje em dia se dão por outros meios.Mas de forma alguma desqualifico a manifestação nas ruas dos anos de ferro.

As redes sociais diminuem muito a possibildade de censura e omissão de fatos!Claro que as mídias comerciais só divulgam o que é de interesse próprio, mas devemos nos fazer notar.

Tenho certeza que a descoberta da empresa da Verônica Serra e a reviravolta que ocorreu na madrugada de ontem sobre a Capa da Revista Veja (se quiser saber mais sobre o assunto acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/midia-comercial-ignora-denuncia-envolvendo-filha-de-serra ) enquadram-se como assuntos de interesse público, o que já seria suficiente para apareceram nos jornais, mas nada disso aconteceu.Já nas redes sociais ambos os assuntos tiveram repercurssão, dando origem a tags que estiveram eram os TT´s do Brasil, como o #vejafede.

Antes, se os jornais não publicassem ninguém ficaria sabendo, agora não, se o jornal não publica aquilo que o público quer ver a sua credibilidade vai por água abaixo!Isso se deve em grande parte pela mudança do papel do jornal hoje, ele está aí para complementar, atender demandas do seu target e construir com ele o seu conteúdo; e não só para trazer suítes (o que sabemos em tempo real pelos meios de comunicação instantâneos como internet, rádio e tv).

Vamos usar as redes sociais para além de futilidades, vamos nos fazer ouvir!

Bisus ;*

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dona Nilzete.

Olá! =)

Atualizar o blog tem ficado cada dia mais difícil, falta tempo!Mas vamos lá, hoje trago para vocês um texto que eu fiz na aula de Técnicas da Comunicação I, uma crônica.Esse gênero textual tem como matéria prima bruta temas do cotidiano, memórias, aspectos prosaicos da vida.

"A audição é um sentido que vem tendo suas utilidades transformadas ao longo dos anos.Pensar sobre esse assunto me faz viajar no tempo: talvez porque mesmo com 19 anos eu já tenha vivenciado experiências sonoras muito intensas, como meus 10 anos de ballet clássico.Criada em uma família meio portuguesa meio italiana, como um pedido delivery na pizzaria, cresci em meio a degustações de vinho e festivais de massas, mas nem assim desenvolvi um olfato ou paladar condizentes.Já sobre a visão, não posso afirmar o mesmo, pois tenho memória fotográfica desenvolvida: ela funciona como um "salva-vidas" nas provas, fazendo-me lembrar de fórmulas e anotações em cantos obscuros dos meus cadernos de estudos.Ainda assim, a audição é um canal de percepção que me marcou, e ainda marca muito.

Desde os seis anos, quando minha mãe, meu pai e meu avô íam trabalhar , eu ficava na casa dos meus avós.É desse período da minha história que sinto mais falta, não só porque hoje a minha avó não está mais comigo, mas também porque os sons que fazem parte da minha vizinhança me levam de volta ao tempo em que vivi e aprendi muito com ela.Hoje, a dor da perda se transformou em saudade boa, em alegria de ter tido uma pessoa como ela na minha vida.Alguns dos sons que me marcaram foram: as badaladas do relógio de cuco na sala de jantar, que resistia valente aos relógios digitais da casa; os alto-falantes dos caminhões de frutas, legumes, ferro velho e tudo mais que eles conseguissem vender; as músicas que ela cantava para me fazer dormir; e as tantas outras canções que embalavam nossas peripécias gastronômicas e brincadeiras.

Esses sons que me fazem voltar no tempo são sons afetivos...Hoje tudo é transmitido através de parafernálias auditivas cada vez mais engenhosas.As pessoas na rua insistem em se conectar a estes estranhos aparelhos ,e assim fecham-se em seus mundos, se privando de qualquer possibilidade de diálogo.Como se enfrentar a rotina fosse algo tão maçante que consumisse também a energia para conversar e conhecer novas pessoas no caminho.

Nestas horas me surge a imagem quase perfeita da minha amada avó emitindo seu juízo sobre esses dias de tanta correria e egoísmo: "O que essas pessoas vão contar para seus netos se elas nem ao menos sabem se ouvir?".



Espero que gostem!

domingo, 8 de agosto de 2010

Curta de Introdução ao Cinema PUC RIO 2010.1

Sem tempo p/ elaborar um post digno pessoal!Vejam com carinho a nossa produção, que deu taanto trabalho e rendeu tantas gargalhadas!

http://www.youtube.com/watch?v=N_DeBykUzi4