Vivo tendo idéias para escrever aqui, mas materializar tem sido difícil.Serei a primeira a comprar o Isomething da Apple que tiver um aplicativo de transcrição direta de pensamentos para a wall do blog, acho, inclusive, que esse momento não se demora.
Então, que tal levantar, sacudir a poeira, e aproveitar o vácuo fugaz que ainda existe entre o momento em que as atividades-que-tomam-boa-parte-do-tempo se transformam naquelas que de fato nos atolam integralmente, não é? Início de período: I´m glad you´re still here!
Bom, vamos a pauta proposta: Resolvi abordar a onda de colaboração que vem crescendo em todos os campos do conhecimento através do embate entre dois sistemas operacionais da informática, vamos a eles:
Windows X Linux: Os cavaleiros no campo de batalha são, de um lado Bill Gates, de outro, Linus Torvalds.Não nos esqueçamos que, a espreita, o não tão focado, mas nem por isso, menos importante: Steve Jobs, observa atento, indeciso.Podemos ouvir seus altos pensamentos, parafraseando um nome que prefiro não comentar, que no contexto da República de Weimar,viu, nos nazistas, um "mal menor" em comparação com os social-democratas.Depois dessa salada histórica, pensamos: quem seria o "mal menor" para o CEO da Apple (Top #17 da lista world powerfull; Top #110 da lista world billionaires; Top #34 na lista EUA´s billionaires, de acordo com ranking de 2011 da revista Forbes)?!
Superemos a tontura causada por tantas referências,necessárias ao tema,e sigamos em frente.Fazendo um breve histórico do Linux temos:
* 1991 :Criação na Universidade de Helsinki, na Finlândia, por Torvalds, ainda universitário, na busca de aprimorar os sistemas operacionais existentes na época;
* 1992: Foi distribuído através Safety System, uma rede mundial de cooperação;
* 1993: A plataforma de distribuição chegou aos CD´s;
* 1994: O Linux já contava com 900.000 usuários e 100.000 colaboradores, passando a ser usado inclusive, em atividades da NASA;
* 1995: Chega ao Brasil através da Conectiva;
* 1996: Houve um maior engajamento na criação de uma interface amigável para o programa;
* 1997 :Linus passa a trabalhar na Transmeta, no Vale do Silício;
* 1998 : Já são 6,3 milhões de usuários;
* 1999: Já são comercializados PC´s com o sistema Linux integrado, além do "Samba", programa que particiona arquivos do sistema windows;
*2000 : Atinge-se 14,400 milhões de usuários;
*2001 : A causa recebe investimento de 1 bilhão de dólares da IBM e cria projetos de assistentes pessoais de satélites com a NASA (PSA Project).Nesse mesmo momento, inclusive, um programador brasileiro é eleito pelo prórpio Torvalds o mantenedor do núcleo do sistema Linux no mundo: Marcelo Tosatti.

Kurumin, Sistema de distribuição personalizada do Linux.
O Linux se desenvolve,então, como uma invenção colaborativa, contado com múltiplos
usuários que fazem auditorias constantes em comunidades visando sua melhora.É um software livre, gratuito, de código aberto e que convive com a máquina de cada pessoa de forma harmônica.Qualquer semelhança com a internet não é mera coincidência.A WEB é, por natureza, um ambiente de colaboração e discussão: compartilhamos conteúdo por compartilhar, discutimos nossos problemas em comunidades com o intuito de ajuda mútua, sem cobrar por isso.É inclusive por essa natureza econômica de dádiva (eis o porquê dos sites que oferecem descontos e gratuidades fazerem tanto sucesso)do ambiente eletrônico que os mais diversos setores do mercado tem dificuldade em materializar qualquer tipo de cobrança pela internet, é uma amarra com a qual o usuário não quer se prender, ele quer ser um USER e não um mero CONSUMER.A saída alternativa para esses marketers tem sido a criação de "jardins murados": aqueles aplicativos que baixamos com a ilusão de que são gratuitos, mas para ter acesso a diversos aspectos e conteúdos dele você paga alguns centavos aqui e ali, e quando chega a conta final... SURPRESA!

Já o Windows vai na contra-mão de todos esses conceitos, tem baixíssimo grau de personalização: ficamos tão dependentes da obsolescência planejada dos grandes conglomerados que, para fazer uso de versões atualizadas de programas, somos obrigados a comprar novas máquinas, compatíveis.A tecnologia se torna distante, e superior, paga e monopolizada.A relação não é de cooperação, e sim, de dependência unilateral.A idéia do copyright é transferida da indústria fonográfica e trazida para o campo dos softwares, o conhecimento e a colaboração são embarreiradas pela burocracia dos grandes investidores.
Qual será o desfecho dessa história? Estamos no clímax dessa discussão: será que a colaboração irá vencer as amarras do lucro ou será que futuramente, navegar pela internet terá tarifação pontuada, como o telefone?Será que estaremos todos nos ajudando sem pretensão e mediação dos ávidos por tirar proveito de tudo, ou será que cada página acessada será contabilizada por PPC (Unidade de medida de valor do Google que significado "Pay Per Click")?
A reflexão que cabe aqui é mais do que "Em quer WEB vou navegar no futuro" , é "Futuramente, que valores estarão vigendo no mundo?"
Cabe a cada um escolher o caminho que quer seguir, ou LET GOOGLE DO IT.
Adorei o seu jeito de escrever,achei o tema super atual e vi q vc realizou uma grande pesquisa para elaborar o post...Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirCassio Martins