
Olá! boa noite.
As aulas de ontem foram fantásticas, mas como algumas coisas mais legais ainda me chamaram atenção hoje, aqui está.
Na aula de jornalismo vimos no texto, ao qual já me referi, o papel do jornalista.Vejamos bem, não do jornalismo que se faz hoje, nem sei se alguém algum dia já praticou o jornalismo como em sua essência, mas é o que aprendemos na faculdade.Enfim, alguns princípios básicos são: o compromisso com a verdade, a valorização primordial da relação de confiança com o leitor e o compromisso da verificação...Um dos casos que discutimos em aula foi o do último suposto pronunciamento da ex-ministra e pré-candidata a presidência do Brasil, Dilma Russef.Bom, os jornais e demais mídias repetiram como papagaios que ela havia declarado que "não deixei o Brasil , como outros, não fugi da luta na época da ditadura".Bom, o caso foi que centenas de pessoas que foram exiladas na referida época se sentiram super ofendidas, por que sair do país não foi uma opção para a maioria, e sim, o único modo de sobrevivência!Assim sendo, foi feito um paralelo com o Serra, também pré-candidato a presidência, que foi exilado e ficou 15 anos no Chile, país onde inclusive conheceu a sua atual esposa.Pronto, circo montado!No final das contas, saiu hoje na folha de São Paulo uma notinha minúscula sob o título "erramos", explicando que o jornalista que cobriu o discurso dela havia se enganado...A moral da história é, muitas vezes são cometidas erros nas matérias, isso é normal; as vezes ao escutar e transcrever simultâneamente tentando sintetizar, distorcem-se um pouco as coisas, as vezes não dá tempo de fazer a tão zelada verificação...Mas as vezes também ocorre má fé!E considerando as posições ideológicas da Folha e que o discurso estava disponível no Youtube para qualquer um ver...Tirem suas conclusões #ficaadica!
Outros casos engraçados também foram comentados, como a abordagem totalmente diferente feita pela revista veja, das enchentes do rio e de são paulo (vou tentar fazer uma matéria sobre isso para entregar ao professor, só falta tempo!) e a "posse" do Sarney da presidência do Brasil, uma vez que Lula e seu vice estarão viajando...SOCORRO!Enfim, foi bom pra refletir, mas também me deu um certo pânico em realizar que nada que nos é veiculado está totalmente isento de opiniões (lógico), mas as pessoas usam isso as vezes para fazer manipulações.Tanto as fontes em relação aos meios de comunicação como no sentido contrário.
Um exemplo muito legal dessa boa índole do jornalista foi a fala d umas das minhas colegas de sala, ela é portuguesa, veio em intercâmbio, já tem bastante experiência.Ela estava cobrindo um julgamento super polêmico (e no qual não era permitido gravar, somente portar papel e caneta)em nome de um jornal inglês.A cada testemunha e prova que era apresentada ela mudava de idéia sobre o veredicto do réu.Sua matéria foi publicada e acreditem, o juíz a cumprimentou, e elogiou a imparcialidade da sua cobertura.Nada como trabalho bem feito, não é?!
Bom, na aula de publicidade vimos o "The corporation", um documentário que mostra um outro lado das relações de consumo,diferent daquele primeiro sobre a publicidade infantil que eu comentei no outro post.Muito bom, mas como ele é extenso, só assistimos um pedacinho, pretendo ver o resto em casa.Depois ficamos discutindo alguns capítulos do "
Sem Logo", as questões do marketing d essência, dos primórdios da publicidade com a chegada da revolução industrial.Muuuito legal!Algumas coisas me deram um certo medo:sempre vi a Disney como um sonho, mas depois dessa aula percebi que eh na verdade a imersão no conceito d um produto totalmente abstratos!E a cidade do Hershey´s?E o Monange Dream Fashion Tour?E o Skol Beats?A Unilever?A Nike?A minha ingenuidade caiu por terra totalmente!E o que vcs acham do neoliberalismo, e do estado que cada vez mais diminui os impostos sobre as grandes corporações?E os patrocíneos?Daqui a pouco as marcas não vão mais querer patrocinar eventos de arte, e sim vão querer ser a própria arte!Daqui a pouco o dinheiro do contribuinte será aplicado no que proporcionar mais visibilidade ao mercado corporativo,pois todo o nosso dinheiro está lá!As coisas estão chegando num ponto absurso...Vou ter que fazer uns textos sobre isso, já viu que vou ter muito o que falar ne?!
Por último gostaria de colocar aqui alguns trechos do livro :"
Antropologia e Comunicação:princípios radicais", de José Carlos Rodrigues.Dá pra fazer uns paralelos bens legais com a realidade do Rio de Janeiro agora:
"Seria uma função possível, de um mundo que poderia muito bem, como o fez durante a maior parte de sua história, existir sem ele.Por conseguinte, lição número um: humildade diante da imensidão de um universo solene e soberanamente indiferente à pequenez de nossos clamores de grandeza.Existe um mundo que é independente do Homem, do qual esté é um resultado, uma "modificação"-se é que nesta escala de racioncíneo este termo tem algum sentido.
O homem é também modificador do mundo.Mas não principalmente um modificador no sentido de "agente geológico", um transformador da estrutura do universo distante e indiferente, como é nosso hábito pensar.Nessa direção não somos muito diferentes das chuvas, dos ventos, dos vulcões, do fogo, das marés, dos animais-exceto talvez por sermos menos.Naturalmente, não estou falando do Homem do último segundo antes da meia-noite, do Homem da Revolução Industrial e da autodestruição.Falo do Homem modificador do mundo, no sentido inventor: criador de mundos novos, de universos novos,indiferentes ao Homem"
[...]
"Poder-se-ia quase fazer um rigoroso paralelismo entre a história dos relógios e os momentos da ascensão dos sistemas capitalista e industrial; pelos relógios individuais, pelos relógios de ponto, pelos crônometros, pelos relógios atômicos..."
[...]
"O presente não é um meio de satisfação "futura", mas um "bem" em si mesmo.Não há "planejamento" nem há "fracassos", no sentido que atribuímos a esses termos.Semelhante raciocíneo também poderia ser aplicado ao "espaço", que costumamos ver como o "natural" por excelência.Ora, quando vemos nossas crianças desenharem suas "casas", com tetos, jardins, animais, montanhas,chaminés, mesmo quando vivem engavetadas em apartamentos, não é verdade um ideal social que estão grafando?A apropriação do espaço é um das maneiras por que mais nitidamente uma sociedade exibe sua organização:projeta-se.Não seria interessante, por exemplo, em um estádio de futebol, observar as classificações dos tipos dos lugares, como refletindo a hierarquização específica daquele tipo de público: geral,arquibancada,cadeiras,caderias especias, tribuna de honra?Ou então, em um teatro, camarotes,platéia,balcão nobre,torrinha?No mesmo sentido, não seria revelador estudar a disposição dos membros de uma família em torno da mesa de jantar, a especialização funcional dos cômodos de uma casa, a relação entre os espaços escolares e os projetos pedagógicos, as posições das pessoas dentro de um automóvel, o sentimento das pessoas dentro de ônibus e elevadores apinhados.Toda uma antropolgia da significação das relações espaciais seria possível,a partir da consideração de que espaço é algo que cada cultura convenciona e inventa".
Gente, uma coisa importante: Amanhã estarei trabalhando no "PUC POR UM DIA", evento no qual abrimos a faculdade p alunos do ensino médio conhecerem os cursos,etc.Estarei nos stands e nas palestras d geografia e controle/automação.É bem divertido, conto c a presença d todos!
Byee :)