quinta-feira, 23 de setembro de 2010

É agora ou ... só na próxima eleição.

Oláá!

Post relâmpago só para ajudar os indecisos e não-esclarecidos sobre os cargos (menos badalados) para os quais vamos votar dia 3 de outubro.Está chegaando!

Achei essa reportagem na Veja São Paulo e achei muito boaa, eficiente e de fácil entendimento.Aí vai:

SENADO
Como é hoje:

81 senadores.
8 anos de mandato.
R$ 16.512,09 de salário (15x por ano).
20 pessoas na equipe de cada parlamentar
.

*O que faz um senador?
Propõe leis e emendas constitucionais, vota a aprovação do orçamento da União e tratados internacionais, fiscaliza as ações do governo e permite a alteração e extinção de cargos.Pode processar e julgar presidentes e ministros, votar a nomeação do diretor do Banco Central, de membros do Tribunal de Contas da União (TCU) e autorizar operações de crédito entre União, estados e municípios.

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*Quem os senadores representam?

As unidadades da federação.Cada estado, bem como o Distrito Federal, elege três representantes, independentemente do tamanho de sua população.

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*Como são eleitos?
Pelo sistema majoritário, em que saem vitoriosos aqueles que obiveram mais votos.A coligação a que pertencem não interfere na soma de votos, ao contrário do que ocorre na eleição de deputados e vereadores.

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*Por que neste ano temos que votar em dois candidatos ao Senado?
Um terço da Casa se renova numa eleição e, quatro anos depois, renovam-se os outros dois terços.Caso o eleitor vote duas vezes no mesmo candidato, terá convertido apenas um voto válido.

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*Para que servem os suplentes?

Eles desempenham função de vice: são eleitos sem que tenham recebido um único voto e assumem o cargo em caso de afastamento, morte ou impedimento do senador.Cada senador tem dois suplentes.Muitos são parentes do candidato ou financiadores da campanha.Por casa do mandato longo, é comum o senador deixar a Casa para assumir uma função no governo ou mesmo outro cargo eletivo.Em médio 62% dos eleitos permanecem os oito anos no posto.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

513 deputados.
4 anos de mandato.
R$ 16.512,09 de salário(15x ao ano).
R@ 27.769,62 é a cota mensal para despesas de gabinete e passagens.
5 a 25 pessoas compõem a aquipe de cada parlamentar.
60.000 é a soma máxima do salário de toda equipe.


*O que faz um deputado federal?
Propõe leis e emendas constitucioansi, vota a aprovação do orçamento da União
e de tratados internacionais, fiscaliza as ações do governo e permite a alteração e a extinção de cargos, assim como os senadores.Também pode autorizar a instauração de processos contra o presidente e ministros.Sua rotina é dividida entre trabalhos nas comissões temáticas, discussões e votações em plenário, além de atendimento nos gabinetes.

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*Quem ele representa?

A população dos estados.Cada unidade da federação tem um número de deputados teoricamente proporcional à sua população.Como o número mínimo é de 8 e o máximo é de se
70, existem graves distorções.

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*Como é a eleição?
Pelo sistema de proporcionalidade.O total de votos recebidos por um partido ou coligação indica quantas cadeiras ele ocupará.Pode ocorrer de um candidato obter pouco votos, mas pertencer a uma coligação bem votada e ser eleito.Também pode acontecer de um candidato que obteve muitos votos, mas pertence a uma coligação que consquistou poucos vagas, não se eleger.

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*Como é calculado o número de vagas de cada coligação?

Primeiro calcula-se o quociente eleitoral, que é o total de votos válidos dividido pelo número de cadeiras daquele estado.Esse resultado é o mínimo de votos necessários que um partido precisa obter para eleger um candidato.Depois, é preciso dividir o total de votos recebidos pelo tal quociente eleitoral.

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*Como os deputados interferem no orçamento?
No fim do ano, o governo envia à Câmara uma proposta de orçamento para os doze meses seguintes.Os deputados podem alterar a previsão de despesas de certas áreas e apresentar emendas, pelas quais reservam uma parte da receita total para projetos de sua autoria.As emendas podem servir como moeda de troca para que o Executivo consiga aprovar projetos considerados importantes.

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
94 é o total de deputados estaduais.
4 anos é a duração do mandato.
9.635,40 é o salário + 11.885,40 de ajuda de custo anual.
16 pessoas compõe a aquipe de cada parlamentar.
80.000 é a soma máxima do salário da equipe.
180.000 é a verba do gabinete.


*O que faz um deputado estadual?
Propõe leis e emendas válidas em todo o estado, vota a aprovação do orçamento do governo e fiscaliza ações.Pode decidir sobre o aumento de impostos estaduais, realização de convênios e pedidos de empréstimo.

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*Quem ele representa?
Os cerca de 41 milhões de habitantes do estado.O eleitor pode escolher o candidato que mais lhe agradar, independente do município onde mora.

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*O deputado estadual representa a cidade onde eu moro?
Não necessariamente.Como cada um dos deputados estaduais atua mais fortemente em determinadas regiões de estado, é interessante saber quem são os candidatos que se propõe a trabalhar pela sua cidade.Na urna, porém, não importa que o eleitor more no Rio de Janeiro e opte por um candidato que é forte no interior, por exemplo.Deputados estaduais atuam como mediadores entre prefeituras e estado, negociando apoios e recursos para projetos municipais e transmitindo as demandas dos cidadãos.

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*Como eles são eleitos?
Da mesma forma que os deputados federais, pelo sistema proporcional.

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*Que decisões da Câmara dos Deputados impactaram nosso cotidiano?
A lei Antifumo, que baniu o cigarro de bares, restaurantes, boates e outros locais públicos e cobertor, foi aprovada pelos deputados estaduais.O mesmo ocorreu com a regulamentação do funcionamento das empresas de telemarketing.


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Na hora de escolher os seus votos, procure também:

*Identificar falsas promessas.

*Não relevar a influência do partido.

*Dizer não ao fichas-sujas ( que por enquanto vence na votação do STF para entrar em vigor ainda esse ano).

*Denunciar crimes eleitorais.

*Pensar: novidade é sempre bom?

*Pensar:voto oposicionista ou governista?

*Pesquisar a carreira política dos candidatos.






Eu já decidi meus votos e vocês?Bom...quem sabe assim poderemos acabar com essa sujeirada que vemos todos os dias por aí, não é?!

Boa noite =)

domingo, 12 de setembro de 2010

A revolução não sera televisionada, mas estará nas redes sociais!

Olá! =)

Tá tudo empoeirado por aqui, não?!Bom, entre back ups de computador, sinais baixos de wi fi, falta de tempo e de assunto...estamos de volta!

O assunto do dia é uma BOMBA!Pois é, mas uma bomba interna.O ombudsman da Folha de São Paulo escreveu hoje sobre a repercurssão que a postura do jornal tem dado nas redes sociais, no twitter, mais especificamente.Leiam o texto que atende pelo título de "O ataque dos pássaros" e entendam:

"A FOLHA vem se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Roussef.Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente do Sul.Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.

Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidos de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma".O problema nem era a reportagem, que questionava a falta de iniciativa do Ministério de Minas Energia para mudar uma lei que acabava por beneficiar com desconto na conta de luz que não precisava.

Colocar uma lupa nas questões da candidata do governo é uma excelente iniciativa, mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente.

Foi iniciativa de Dilma criar a tal Tarifa Social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso.É facil mexer com um benefício social? Não, o argumento de que faltava um cadastro de pobres que permitisse identificar apenas os que mereciam a benesse faz muito sentido.Existe alguma suspeita de desvio de verbas? Nada indica.

O lide da reportagem dava um peso indevido ao que se tinha apurado.Dizia que a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma "eficiente gestora", mas que "um erro coloca em xeque essa imagem".Essa tem que ser a conclusão do leitor, não do jornalista.

Uma manchete forçada como a conta de luz, somada a todo o noticiário sobre o escândalo da Receita, desequilibrou a cobertura eleitoral.Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na FOLHA para fazer "denúncias".Nada sobre seu governo recente em São Paulo.Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.

Os leitores perceberam a assimetria.Durante a semana, foram 194 mensagens à ombudsman protestando contra o noticiário, mas o maior ataque ocorreu no Twitter, a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres.Até quinta-feira passada, tinham sido postadas mais de 45 mil mensagens anti-FOLHA.

CRIATIVIDADE

Os internautas inventaram manchetes absurdas sobre a candidata de Lula: "Empresa de Dilma forneceu a antena do iPhone 4", "Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!", "Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança" e "Errar é humano.Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".

O movimento batizado de #Dilmafactsbyfolha virou um dos assuntos mais populares ("trending topics") do Twitter em todo o mundo, impulsionado, em parte, pela militância política -segundo levantamento da Bites, empresa de consultoria de planejamento estratégico em redes sociais, 11 mil tuítes usaram um #ondavermelha, respondendo a um chamamento de campanha do PT na rede.Até o candidato a governador Aloizio Mercadante elogiou quem engrossou o coro contra o jornal.

Mas é um erro pensar que apenas zumbis petitas incitados por lideranças botaram fogo no Twitter.O partido não chegou a esse nível de competência computacional.

Na manada anti-FOLHA, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal.

Não dá para desprezar essa reação e a FOLHA fez isso.Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno.O "Cala Boca Galvão" na Copa virou notícia.No primeiro debate eleitoral on-line, feito por FOLHA/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido "trending topic".Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa.

A FOLHA deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes.O apartidarismo -e não ter medo de crítica -sempre foram características preciosas deste jornal."



Eu que tire a foto! hahaha



Aí está.Fique claro que a minha intenção nesse post não é falar sobre política ou influenciar voto de ninguém, até porque não tenho qualificação para isso.Não carrego rótulo de onda vermelha, verde ou de tucano, mas acho importante que todos entendam o poder de repercurssão das redes sociais.

Nós, jovens, não precisamos ficar melancólicos, sedentos por uma utopia tão marcante como a criada pelos que conviveram com a ditadura (quem aí nunca ouviu:"esses jovens de hoje não tem ideologia, não viram Golpe Militar, não tem nada na cabeça!"??); devemos, pelo contrário, entender que a as manifestações hoje em dia se dão por outros meios.Mas de forma alguma desqualifico a manifestação nas ruas dos anos de ferro.

As redes sociais diminuem muito a possibildade de censura e omissão de fatos!Claro que as mídias comerciais só divulgam o que é de interesse próprio, mas devemos nos fazer notar.

Tenho certeza que a descoberta da empresa da Verônica Serra e a reviravolta que ocorreu na madrugada de ontem sobre a Capa da Revista Veja (se quiser saber mais sobre o assunto acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/midia-comercial-ignora-denuncia-envolvendo-filha-de-serra ) enquadram-se como assuntos de interesse público, o que já seria suficiente para apareceram nos jornais, mas nada disso aconteceu.Já nas redes sociais ambos os assuntos tiveram repercurssão, dando origem a tags que estiveram eram os TT´s do Brasil, como o #vejafede.

Antes, se os jornais não publicassem ninguém ficaria sabendo, agora não, se o jornal não publica aquilo que o público quer ver a sua credibilidade vai por água abaixo!Isso se deve em grande parte pela mudança do papel do jornal hoje, ele está aí para complementar, atender demandas do seu target e construir com ele o seu conteúdo; e não só para trazer suítes (o que sabemos em tempo real pelos meios de comunicação instantâneos como internet, rádio e tv).

Vamos usar as redes sociais para além de futilidades, vamos nos fazer ouvir!

Bisus ;*

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dona Nilzete.

Olá! =)

Atualizar o blog tem ficado cada dia mais difícil, falta tempo!Mas vamos lá, hoje trago para vocês um texto que eu fiz na aula de Técnicas da Comunicação I, uma crônica.Esse gênero textual tem como matéria prima bruta temas do cotidiano, memórias, aspectos prosaicos da vida.

"A audição é um sentido que vem tendo suas utilidades transformadas ao longo dos anos.Pensar sobre esse assunto me faz viajar no tempo: talvez porque mesmo com 19 anos eu já tenha vivenciado experiências sonoras muito intensas, como meus 10 anos de ballet clássico.Criada em uma família meio portuguesa meio italiana, como um pedido delivery na pizzaria, cresci em meio a degustações de vinho e festivais de massas, mas nem assim desenvolvi um olfato ou paladar condizentes.Já sobre a visão, não posso afirmar o mesmo, pois tenho memória fotográfica desenvolvida: ela funciona como um "salva-vidas" nas provas, fazendo-me lembrar de fórmulas e anotações em cantos obscuros dos meus cadernos de estudos.Ainda assim, a audição é um canal de percepção que me marcou, e ainda marca muito.

Desde os seis anos, quando minha mãe, meu pai e meu avô íam trabalhar , eu ficava na casa dos meus avós.É desse período da minha história que sinto mais falta, não só porque hoje a minha avó não está mais comigo, mas também porque os sons que fazem parte da minha vizinhança me levam de volta ao tempo em que vivi e aprendi muito com ela.Hoje, a dor da perda se transformou em saudade boa, em alegria de ter tido uma pessoa como ela na minha vida.Alguns dos sons que me marcaram foram: as badaladas do relógio de cuco na sala de jantar, que resistia valente aos relógios digitais da casa; os alto-falantes dos caminhões de frutas, legumes, ferro velho e tudo mais que eles conseguissem vender; as músicas que ela cantava para me fazer dormir; e as tantas outras canções que embalavam nossas peripécias gastronômicas e brincadeiras.

Esses sons que me fazem voltar no tempo são sons afetivos...Hoje tudo é transmitido através de parafernálias auditivas cada vez mais engenhosas.As pessoas na rua insistem em se conectar a estes estranhos aparelhos ,e assim fecham-se em seus mundos, se privando de qualquer possibilidade de diálogo.Como se enfrentar a rotina fosse algo tão maçante que consumisse também a energia para conversar e conhecer novas pessoas no caminho.

Nestas horas me surge a imagem quase perfeita da minha amada avó emitindo seu juízo sobre esses dias de tanta correria e egoísmo: "O que essas pessoas vão contar para seus netos se elas nem ao menos sabem se ouvir?".



Espero que gostem!

domingo, 8 de agosto de 2010

Curta de Introdução ao Cinema PUC RIO 2010.1

Sem tempo p/ elaborar um post digno pessoal!Vejam com carinho a nossa produção, que deu taanto trabalho e rendeu tantas gargalhadas!

http://www.youtube.com/watch?v=N_DeBykUzi4

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ter = Ser

Olá, voltando para tirar a poeira!Final de período é definitivamente complicado...Mas chegaram as férias e vou postar com maior frequência!

Hoje vou falar sobre o "Mito da Publicidade", uma aula que tive na faculdade, muito legal!

De maneira geral, as sociedades tribais equacionam bem produção e consumo, essa relação se dá de forma equilibrada.Já na sociedade de consumo, a nossa sociedade, essa relação acontece de forma diferente: o consumo é subordinado à produção.Isso acontece porque o primeiro tipo de sociedade funciona com base em um sistema de subsistência; já nós, funcionamos com base no comércio, o sistema de geração de excedentes.
É preciso que tenhamos atitudes cientificamente antropológicas no sentido de desnaturalizar a propaganda, entender que o mundo dos anúncios é algo cuidadosamente projetado.Devemos perceber também que o discurso deste tipo de construção tem significação e é o próprio fato social, representa assim um pensamento lógico: o pensamento burguês.
A proposta de uma propaganda, geralmente, é simples: vender, influenciar, aumentar vendas/consumo/lucro, educar e informar.Podemos identificar o profissional dessa área como um vendedor cuja mercadoria é a imagem.Os formatos das peças publicitárias giram em torno de algumas propostas: denunciar a carência da vida real (tudo que se vê no anúncio desperta desejo, pois é aquilo que nos falta ); apresentar mundos idealizados; e por último criar novas necessidades (quantos de nós já não almejaram alguma coisa que nunca pensamos precisar antes?).
Sendo assim, podemos entender a publicidade como mito: uma narrativa que circula em uma sociedade legitimando poderes, mantendo o estado e as ordens pré-estabelecidas e socializando indivíduos
Já o anúncio, pode ser lido como um ritual, no qual o mito é posto em prática.Para tornar a compreensão disso mais fácil, pensem agora nas famílias felizes que tomam o seu farto e saudável café da manhã, todos juntos à mesa, em um dia ensolarado...Em volta da MARGARINA!Pois é, um comercial de margarina é o exemplo mais concreto de ritualização do cotidiano que vem a minha cabeça agora.
Em volta de todo esse trabalho existe também uma aura de magia...Pois a publicidade exerce sobre nós uma atratividade enorme, é como se naquela moldura da narrativa mítica do comercial todas os nossos problemas fossem resolvidos; sendo o grande herói dessa história: o produto.Uma pessoa pode mudar a sua vida se comprar a bebida X, fumar o cigarro Y, vestir a calça Z, usar o perfume A, limpar a casa com o produto B,etc.
A publicidade concretiza então, aquilo que chamamos de :"totemismo"; pois o produto passa a identificar, proteger, resguardar um certo clã, como um totem.No processo de produção o produto passa de algo plural, múltiplo, indistinto e impessoal para algo original, definidor de caráter, único, pessoal e indispensável (tal mudança ocorre quando ele entra no mundo do consumo).Esse produto,então, simboliza algo muito além da sua materialidade, ele representa atitudes, estilos de vida, tipos sociais...Dessa forma, o consumo vai organizando o mundo entre os que têm e os que não têm, os que usam e os que não usam...Vamos nos dividindo de forma passiva, nos deixando distanciar, pois sentimos cada dia mais medo da perigosa abolição de fronteiras entre o mundo do eu e o mundo do outro.Mas fica a pergunta: O que houve com aquilo que somos e aquilo que não somos?



Legenda: "Se o cara que inventou o provador bebesse Skol, ele não seria assim./ Seria assim."

Exemplo emblemático, aqui, vende-se algo além de cerveja, certo?!



post em prol da publicidade do bem =) xo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Entre a cruz e a caldeirinha"

Boa noite!

Bom, hoje toda e qualquer teoria vai por água abaixo.Durante o dia aconteceram tantas coisas que eu tive que vir postar!

Primeiramente vou situar vocês na minha "Brainstorm":

A algum tempo tramita pela política brasileira a decisão sobre a divisão dos royalties do pré-sal.Nessa madrugada, a situalçao sofreu uma virada brusca...

No início da novela tínhamos o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), com a proposta de dividir o dinheiro conseguido com a extração do petróleo do pré-sal igualmente entre os Estados...

Já nesse momento eu me coloco totalmente contra!Vivemos hoje no Golfo do México uma situação que ilustra bem a minha preocupação...Os Estados produtores terão que ter uma reserva gigantesca de dinheiro para tentar garantir a seguridade do meio ambiente; o risco de vazamento existe e com isso a situação pode se tornar catastrófica para Espírito Santo e Rio de Janeiro.É importante ressaltar que mais ou menos dinheiro nunca poderá compensar qualquer desastre ambiental que venha a acontecer, pelo contrário, mas acho também que isso precisa ser melhor estudado.Quem sabe dessa forma podemos evitar que aconteça aqui na nossa porta o que vemos hoje no caso da British Petrolium, essa empresa vai precisar de 20 bilhões de dólares e muitos anos para tentar desfazer tamanho desastre, sem falar no desequilíbrio ambiental causado e na destruição da vida de pessoas que trabalham com atividades pesqueiras e etc...Por isso, devemos nos preocupar desde já, porque não somos somente brasileiros, somos habitantes do mundo!E não podemos aguentar mais tanta destruição...Uma outra questão que entra nesse momento é, já que a federação insiste tanto em Copa 2014, Olimpíadas 2016, de onde vai sair todo esse dinheiro?É senhores políticos, antes vocês tivessem se comprometido somente com a educação e a saúde, agora vão ter que dar satisfação para o mundo todo, não só para um "punhadinho" de subdesenvolvidos nativos...

O segundo momento dessa novela é ainda mais inacreditável: Pedro Simon (PMDB-RS), diz que os Estados produtores não vão perder dinheiro nenhum,pois agora, a União irá ressarcí-los.

Ok, agora fica a dúvida, de onde sairá esse dinheiro?Eles estão comprometendo até o que não tem.Atenção, EUA,nos próximos anos o Brasil pode roubar o seu posto como país com maior dívida externa!

E finalmente, o terceiro momento ocorreu nessa madrugada.Aproveitando a calada da noite e o ritmo pré Copa do Mundo, no qual tudo está meio em suspensão, votou-se a emenda, e adivinhem?Foi aprovada, por 41x28.

Bom, mas esquisito que isso não poderia ficar, não é?

1)Formou-se um mal estar completo que divide a nação.

2)Formou-se uma confusão, uma verdadeira cisão dentro do PMDB, afinal aqueles que começaram toda essa história são "arqui-inimigos" do governador do Rio, Sérgio Cabral, que inclusive já declarou que não irá na reunião com os não-tão-companheiros de partido.

3)O atual presidente, Lula, se vê numa situação no mínimo, difícil, pois ele tem o poder do veto.

SE Lula vetar, ele estará se colocando ao lado da constituição, afinal, o texto da emenda a fere em vários pontos, contendo inclusive quebras de contrato.Porém, ele terá 24 Estados contra ele, digo,contra Dilma, sua candidata a presidência...logo agora, que ela estava subindo nas pesquisas?!ah...

SE Lula não vetar, ele declara-se a favor de todas as obscuridades e irregularidades que essa emenda impôs, além de comprar briga com o querido Estado sede de tanta papagaiada esportiva...

É agora José?Digo...Lula, podia ter segurado os melhores capítulos da novela para depois das eleições, não é?Hahaha...agora te vira malandro!



Os dois lado da moeda...



Esperamos ansiosamente os próximos capítulos se desenrolarem, xo :)

domingo, 6 de junho de 2010

Bonitinha, mas ordinária!

Boa noite!

"Il Trovadore" é uma ópera de Giuseppe Verdi.Essa obra é parte da "trilogia verdiana", que inclui também "Rigolleto" e "La Traviata".O primeira espetáculo aconteceu em Roma, no Teatro Apollo, no ano de 1853, baseado no romance "El Trobador" de Antonio Garia Gutierrez.

Eu fui assistir ontem esse espetáculo no Theatro Municipal o qual, 80.000 folhas de ouro 23 quilates e 900 dias depois do início das obras, ficou pronto, está lindo!

Bom, achei que mais construtivo do que falar sobre a trama da Ópera seria investigar a própria construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.Que começa assim...

O cenário cultural do século XIX era, por si só, efervescente, porém o Rio de Janeiro, como capital do país, ainda não tinha uma casa de espetáculos bem estruturada para comportar as novidades que surgiam.Foi quando em 1894 (5 anos após a Proclamação da República) Arthur Azevedo, autor de peças teatrais, lançou a campanha para construção de uma casa de espetáculos municipal, para servir de palco para sua Companhia de atores(criado nos moldes das comédias francesas).Porém, o resultado dessa campanha foi bem diferente do esperado, o que se conseguiu foi apenas a criação de uma Lei Municipal;lei essa que determinava,inclusive, a cobrança de uma taxa de imposto para o financiamento das obras, sabe-se hoje que essa verba nunca foi usada para tal finalidade...Intrigante não?!
Foi então que os interesses políticos,efervescências republicanas e modismos trouxeram , como uma onda "Belle Èpoque" , o projeto do teatro de volta a vida, no início do século XX.Seguindo os moldes das capitais européias, o então Prefeito da cidade, Pereira Passos, construiu avenidas (Rio Branco), derrubou cortiços (consolidou a periferização) e transformou o Rio de Janeiro em um verdadeiro "Boulevard".
Para a escolha do projeto que viria a dar origem ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro fez-se um concurso, cujo vencedor foi Francisco de Oliveira Passos (filho do prefeito?! ).Contando agora com a colaboração de Albert Guilbert e inspirações na arquitetura da Ópera de Paris ( de Charles Garnier) a obra foi iniciada em 1905.
As primeiras vigas de madeira foram fixadas sobre um lençol freático, e a parte artística ficou a cargo de grandes nomes como Eliseu Visconti,Rodolfo Amoedo e Bernadelli....E finalmente no dia 14/07/1909 ocorreu a inauguração do Theatro.
De 101 anos para cá a estrutura já sofreu vários processos de restauração, devido a infiltrações; necessidade de aumento de capacidade; tecnização de mecanismos;deteriorizações e etc.

Hoje , o que nos resta é aproveitar a construção tão graciosa que é o Theatro para desfrutar das mais variadas e ricas obras culturais, seja a dança, a música...Agora, cá para nós, onde será que foi parar o dinheiro das taxas?E será que o melhor projeto era mesmo o do filho do prefeito?E será que construir em cima de um lençol freático não foi um fator que agravou a deteriorização da estrutura/trouxe degradação ambiental??Bom, essas são questões que não há reforma que responda...


O Theatro nos seus primórdios e o "Boulevard" de Pereira Passos.


Boa noite a todos :)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Carnaval sem fim"

Oláa!
Tenho elaborado um post sobre expressão corporal que vai ficar bem legal, mas ainda estou sem o material da aula, e não quero correr o risco de passar conceitos que não sejam 100% corretos.
Mas hoje vou colocar aqui uma pequena redação minha que foi selecionada no projeto de 2008, do CAp UERJ; achei bem adequada pra esse clima de exaltação nacional de Copa, Olimpíadas e tudo mais...


"Já dizia a música de Gilberto Gil que "o Rio de Janeiro continua lindo".Mas será que algum de nós, habitantes dessa grande cidade, já paramos para analisar essa afirmação?

Nas ruas encontramos pessoas desabrigadas, poluição visual e sonora, depredação do patrimônio público, entre outros absurdos.Na correria do dia-a-dia, passam despercebidas a pobreza, a desigualdade, a fome e a desordem que está bem na frente de nossos olhos.Esses problemas estão sujeitos ao esquecimento e a uma consequente banalização.Isso os torna cada vez menos importantes para nós, trabalhadores "sempre ocupados demais".

A cidade do Rio de Janeiro é exposta em cartões postais e admirada por milhões de pessoas em todo mundo.Mas e o Rio de Janeiro dos cariocas, aqueles que vivem e trabalham aqui, vêem?Como ele é?Como nos sentimentos em relação a ele?

Praias, florestas e mulatas definitivamente não fazem parte do cotidiano de todo trabalhador.Deixar que essa imagem carnavalesca, ilusória e banal se concretize não mudará o caos em que vivemos.

O Rio de Janeiro não continua lindo e, para que ele volte algum dia a ser como imaginamos que era, é necessário fugir do caminho da desleixada aceitação.Precisamos abrir os olhos para essa dura realidade a fim de reconstruí-la, de modo a fazer com que a magia não se desmanche ao fim dessa extensa Sapucaí que é a vida."






Hope you like it, xo :)

domingo, 30 de maio de 2010

"Falar é sujeitar-se"

Olá!

Não, eu não abandonei meu blog...mas é que as coisas andam muito corridas, trabalhos e mais trabalhos, provas e mais provas...Enfim.
Fiquei muito feliz em saber que o blog está tendo maior repercussão do que eu imaginava, várias pessoas já vieram falar comigo sobre o tal, com comentários que me deixaram muito feliz!
Então esse post é para essas pessoas, para os novos visitantes e para quem mais vier! :)

Bom, hoje queria abordar um assunto extremamete amplo, que é a linguagem.A maioria das coisas que escreverei aqui foram passadas na aula de teoria 1, que anda dando muito pano pra manga, digo, assunto para post.Essa aula, em especial, me deixou fascinada!Espero que esse pedacinho de conhecimento tenha o mesmo efeito sobre vocês...

A linguagem sempre foi um assunto negligenciado pela história, isso aconteceu porque ela é um aspecto cultural quase visceral dentro das mais diversas culturas; porém com o que podemos chamar de, movimento da "nova história social", ocorre o resgate da importância e do interesse pelos aspectos da vida cotidiana.Dentro dessa nova tendência de pesquisa descobre-se que assim como a linguagem, todos os conceitos e mundos simbólicos são lugar de poder, campo de exercício de hegemonias, processo de continuidade de padrões que DEFINEM,COAGEM,PERMITEM.

O código verbal não é o único sistema de comunicação que existe, estamos inseridos também em outros, como: a moda, a arte, as cores,a fala, as imagens, o som, a gestualidade e a própria linguagem da internet.Podemos receber esses estímulos de comunicação através dos mais diversos canais, como: a visão, o tato, a audição, o olfato, o gosto...

Quando entramos no campo das relações de poder, percebemos, aos poucos, que somos muito inocentes.O poder não é algo que possa segregar tudo e todos em dois grupos : de um lado o grupo dos que têm poder, do outro aqueles que não têm; pelo contrário, as relações de poder são intrínsecas a todos os finos mecanismos do intercâmbio social: as classes, os grupos, as opiniões, os espetáculos, os esportes, as relações familiares, entre outros...
O poder, de fato, nunca perece, é só pensar em expulsá-lo de um lugar que logo, logo ele aparecerá em outro.Isso acontece porque ele está inserido de forma fixa na linguagem.Toda linguagem é classificação e toda classificação é opressiva, pois esteriotipiza, promove o afastamento entre os signos e suas verdade profundas; assim sendo, toda linguagem é fascista!E não progressista e reacionária como se achava.
Quando alguém fala podemos identificar duas vias paradoxais: a do gregarismo da repetição, pois dizer é apenas dispor palavras cujo processo de criação não nos coube, é reconhecer que a autoridade cultural está fora de nós e sujeitar-se a estruturas gramaticais anteriores;e a via da autoridade de asserção, pois tudo que dizemos é afirmação, seja de idéias, opiniões, ideologias...Não é a toa que temos estruturas gramaticais especiais para quando queremos negar ou questionar algo(NÃO/?).
Dessa forma servidão e poder confundem-se no uso da língua.Nessa contexto surge uma pergunta: DE QUE FORMA PODERIA EXISTIR LIBERDADE? E logo podemos concluir que a resposta é: a liberdade plena só pode existir fora da linguagem e para isso temos que trapaceá-la.De forma palpável, concreta, essa liberdade materializa-se no fazer literário, na criação de um tecido textual.É no interior da língua que a serventia que ela própria nos impõe deve ser combatida, desviada; isso pode ser feito através do jogo de palavras, das figuras de linguagem, das entrelinhas...

Podemos concluir assim que a linguagem é extremamente complexa , porém, é com ela que devemos tentar dizer aquilo que é indizível.


Livro do Roland Barthes que aborda o assunto do fazer literario como forma de libertação.

Enjoy :)
Até a próxima!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

"Twelve angry man"

Olá, bom dia!

Segunda-feira é sempre um ótimo dia para atualizar o blog, uma vez que eu não tenho aula.Bom, o assunto desses dias serão os filmes que eu vi essa semana, uma conjunto incrível de obras!Mas abordarei um de cada vez, pra não deixar que as proposições se tornem vagas...

Comecemos por "12 Homens e uma sentença", cujo título original é "12 Angry man"; o filme é de 1957, teve 4 indicações ao Oscar incluindo o de Melhor filme e conta com a brilhante atuação de atores como Henry Fonda (que também produz o filme, junto com Geogre Justin e Reginaldo Jose), Lee J. Cobb, Ed Marshall, Jackwarden, Martin Balsam, John Fielder, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph Sweeney, George Voskovec e Robert Webber.Todos eles dirigidos por Sidney Lumet.A história do filme se passa em um tribunal, mais precisamente na sala do juri; tudo gira em torno do caso no qual um menino de 18 anos é acusado de matar seu pai.Os 12 jurados devem discutir o caso e chegar a um veredicto, de modo a decretar o réu como culpado ou inocente.Inicialmente 11 dos 12 jurados acha que o menino é culpado pelo crime, de fato, as provas ,inicialmente,são muito contundentes, porém, essa decisão leva menos de 10 minutos.O personagem de Henry Fonda não apresenta um motivo concreto para discordar do resto do grupo, porém acha que o destino de um homem que uma vez condenado irá pagar também com sua vida (homicídio, com pena de morte), merecia mais atenção, mais discussão.E dessa forma o filme se desenrola...Através da análise mais precisa e conjunta das provas eles vão descobrindo lacunas na reconstituição do crime; além disso vão desconstruindo preconceitos individuais e a falta de imparcialidade dos jurados.É pré-requesito pra esse tipo de decisão que o veredicto seja unânime, que não haja uma só dúvida razoável; se houver, a decisão deve ser orientada para a inocência.Aos poucos o placar de 11x1 vai virando e acaba 1X11 e depois 12x0 a favor da absolvição do réu.De maneira geral discutem-se assuntos que transcendem a proposta do filme, porque são colocados em jogo preconceitos (uma vez que o réu era de baixa renda), relações familiares(filhos que se foram, maus tratos) e acima de tudo o valor inestimável da vida humana.Espetacular, vejam!



Preparem pipocas e bom sofá para vocês! :)

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Uma boa história, bem contada."

Olá!Depois de um grande período ausente por causa das provas, vou tentar retomar o ritmo das postagens...Quanto as provas, acho que tudo ocorreu bem :)

Hoje, falarei sobre um documentário chamado "Jornalismo Sitiado" que aluguei no fim de semana.Fantástico até o ponto que assisti, estou vendo-o em parcelas, toda vez que tenho uma brecha de tempo!O material é de Eugênio Bucci e Sidnei Basile, profissionais geniais ao meu ver!

O DVD se dá em formato de palestra, com os jornalistas num auditório.Eles discutem as questões mais diversas e fundamentais para a profissão; além de colocarem em pauta também as novas tendências que vem surgindo no âmbito jornalístico.

O primeira a falar é Eugênio Bucci, ele chama a atenção para o momento do jornalismo no qual estamos vivendo, ele o chama de "3°", um momento em que a mídia perde o foco da noticiação, do compromisso com a democracia, da argumentação coletiva,do dever com o cidadão,com a essência da verificação e com o atendimento do direito a informação; para tender para o midiatismo, uma atividade com fins meramente informativos, de entretenimento, opinativo, cheio de achismos.Isso acontece porque a profissão tem sofrido grandes mudanças, quase que "distorções".Antes o jornalista era o "gate keeper" dos fatos, selecionava aquilo que achava ser últil para o público e o publicava.Hoje em dia é diferente, com o advento da internet e das redes de canal aberto, tudo é notícia, em tempo real.É como se a porteira pela qual as notícias passam ao serem selecionadas para publicação tivesse caído...Hoje, se você não decide publicar, outros jornais/revistas/sites/pessoas o farão, pois cada um tem em mãos instrumentos para imediatizar a circulação das informações.Pois bem, dessa forma vemos que o papel do jornalista hoje é outro, ele deve agora ajudar o leitor a tirar dessa massa noticiosa com a qual ele é bombardeado todos os dias, informações que lhe sejam de interesse, lhe sejam úteis no dia-a-dia.

Dialogando diretamente com o título do documentário, Eugênio elenca os quatro principais fatores que, de fato, sitiam (cercam) o jornalismo, são eles:

1)Intolerância a divergência.
2)Tirania da imagem.
3)Espetáculo.
4)Conglemerados:entretenimentos, telecomunicações e també jornalismo.

Depois disso ele retoma, lá no século XIX as origens das atitudes/pensamentos jornalísticos: um momento de mudança da maneira como os valores se organizavam, a Revolução Francesa.Nesse momento da história temos a mudança do poder, que saí das mãos daqueles que tem o "direito divino" para o poder em forma de "árvore", que finca raízes no povo; com o lema : "Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido".Mas antes disso podemos citar também as "Actas Diurnas" na Grécia e os "Publicans" na Inglaterra, com seus livros de registros nos pubs para que os viajantes escrevessem.

Bom, estou num momento meio conflituoso, acho que o "bichinho do jornalismo" me picou, hahaha...veremos, tenho até o 3° período pra me decidir.





Capa do DVD!


Boa noite a todos, espero que gostem do post...Amanhã eu e meu grupo de Cinema gravaremos o curta da matéria de Introdução, acho que vai ser divertido, depois conto dessa aventura...Beijos!Enjoy :)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Viva la Revolucion!

Boa noite! =)

Demorei, mas voltei.Vou aproveitar esse vácuo entre a maratona de trabalhos/provas pra atualizar, pq depois vai complicar.

Hoje apresentamos o trabalho de publicidade, foi realmente muito legal!Apesar de termos terminado bem em cima da hora...Entrevistei crianças de classes sociais diferentes e seus respectivos responsáveis sobre a propaganda infantil; através da apresentação de uma amostra desse tipo de produção fomos fazendo perguntas.Os vídeos de todos os grupos ficaram incríveis, crianças realmente são uma caixinha de surpresas, cada uma mais divertida que a outra.

Bom, o assunto que queria trazer hoje era o "Culture Jamming", a paródia das peças publicitárias.Mais do que uma simples paródia, o culture gira em torno de todo um movimento, que surgiu nos anos 80, em reação a agressividade da publicidade em espaço público.As pessoas queriam reasgatar seus direitos de resposta sobre as peças que nunca pediram p ver,acabar com o canal unilateral que foi construído; queriam de volta o direito de se opor a propriedade de mídia, que era enxergada como uma desvalorização da livre expressão.Os próprios praticantes da arte descrevem suas obras não como uma inversão das mensagens publicitárias, e sim como a radicalização destas.A maneira de se materializar essa arte varia, é, na verdade, uma mistura de grafite, de arte moderna, filosofia punk e readu-made.

Dentro do Culture Jamming existe uma outra corrente, o chamado "détournament", que consiste em uma mensagem arrancado de seu contexto, e dessa forma cria-se um novo significado...Além dessa também temos os "adbusters", instrumento de registro da desaprovação de jovens militantes em relação as multinacionais, que, na sua visão, assediam agressivamente os compradores.Os adeptos dessa, "corrente", lutam contra as idéias do controle corporativo, eles lutam para dissolver essa cultura.

Hoje em dia todas essas reações podem se concretizar de forma muito mais contundente, isso acontece graças a tecnologia gráfica.O que antes era feito de forma amadora, com tinta jet, agora é feito através da computação.

De maneira geral, as empresas não costumas reagir ao "jamming", isso porque acreditam não ser bom p/ marca se envolverem em ações judiciais e coisas do tipo.Outros, conseguem até se beneficiar disso...Um exemplo extremamente real são as camisas que vemos circulando em pessoas pelas ruas, com logos parodiados.Além de gerar o humor, qm vê essas camisas logo é levado a associar com o logo tradicional; e assim, as corporações também introjetaram a brincadeira como uma oportunidade de ressurgir.

Um marco dessas tendências ocorreu no final dos anos 90, quando começaram a se espalhar as propagandas...nos banheiros!Isso feriu de tal forma o senso de privacidade das pessoas, principalmente dos universitários, que aconteceu uma revolução.Por ser um lugar fechado, responder a intromissão era muito simples, simples como sacar canetas e liquid-papers do bolso.Os publicitários responsáveis por essas ações acharam que, como o mercado já era bombardeado com muitos estímulos, mais um não faria diferença; porém o que aconteceu foi a total saturação.Formaram-se assim, mais movimentos anti-corporativos.

É isso, o assunto é bem extenso, mas muito divertido.
Seguem alguns exemplos bens divertidos:





Enjoy!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Correndo...

http://www.youtube.com/watch?v=5pidokakU4I&feature=player_embedded

Gentee, to sem tempo pra postar de forma digna! haha
Essa semana e as próximas tão um caos pra mim...então vai ai um vídeo brilhante!!

Beijoos, boa semana p todos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

que saudade!


P/ falar d saudade, não há imagem melhor do que essa!Moorro de saudades de vocês!


Boa tarde! uau, acho q é a primeira vez q posto a luz do sol! hahaha.Aproveitando o feriado pra estudar né, tem uma tonelada de trabalhos p/ entregar.

Bom, conforme havia dito, o assunto que pretendo abordar hoje é a saudade,usando como base os conceitos que tem sido trabalhados na aula de Teoria da Comunicação I.

A saudade é uma palavra que só existe em português...Já está aí um motivo para nós nos orgulharmos!A tradução p/ qualquer língua é carregada de outro sentido que não o que damos na nossa cultura, na nossa ideologia.
O conceito de saudade, para nós, está imerso numa categoria de palavra performativa, aquela que provoca ação; um "sentimento" que não está ligado a experiências individuais, fragmentadas de ausência...E sim a qualificação de eventos sociais, coisas, gostos, pessoas, lugares, relações.Através da saudade refletimos e sentimos a presença do amor,a ausência de alguém que queremos bem...
Um dado engraçado, porém verídico é que podemos sentir saudade daquilo que não vivemos, mas nunca sentiremos saudade de algo que para nós não foi, de alguma forma, singular.Um exemplo disso é quando uma criança sente saudade de uma bisavó com a qual não conviveu; ou sente saudades de uma casa, na qual nunca morou.Isso acontece porque tanto lhe foi falado sobre aquela pessoa, ou tanto ela desejou morar naquele lugar, que a imaginação fez com que aquele desejo se concretizasse em sua mente.
A saudade é um conceito duplo, tanto universal quanto singular.A universalidade está na maneira como percebemos a sua temporalidade; já a singularidade é conferida na palavra de doutrina exclusivamente portuguesa(sociedade repleta de histórias de despedidas, viagens).
Como categoria social, a saudade tem uma concepção específica de tempo, fala do tempo interno, o tempo de cada indivíduo.Os momentos inesquecíveis que vivenciamos são cristalizados...Não é por menos que quando temos saudade de algo, podemos até sentir como se aquilo se materializasse na nossa frente:quando sentimos um perfume característico, quando ouvimos uma música, etc.A saudade tem a capacidade de trazer p/ o presente o tempo passado, fazendo com que esses fragmentos do tempo dialoguem, de forma totalmente íntima, hermética.
A saudade vai contra a maré do sistema no qual vivemos, o sistema capitalista messiânico, no qual achamos que o futuro é sempre o melhor, o lugar da utopia.A saudade faz parte de um contexto antiburguês,pré-industrial,subjetivo, desconfia de todo positivismo no qual estamos imersos no nosso dia-a-dia.Não há pressa, não há rapidez, o que há é a elasticidade:quando estamos saudadosos é como se o tempo parasse, o que seria inimaginável na lógica burguesa, pois tempo=dinheiro.A saudade é a ponte entre as concepções de tempo nas sociedade tradiconal (tempo cíclico, no qual somos comandantes) e moderna (linear progressivo, no qual somos comandados).
Só sentimentos saudade de relações que tiveram um encantamento, uma qualidade superior,diferencial.Não diz respeito a atos revolucionários ou fatos cruciais, mas sim pequenas coisas cotidianas.Um exemplo: os biscoitos que a sua avó fazia vendem no supermercado, porém estes não parecem ter o mesmo gosto para você.Não é que os biscoitos sejam diferentes, mas o que é realmente determinante é o ato de fazer os biscoitos,da forma que a sua avó fazia.

Existem inúmeras "definições" e considerações que acho interessantes, a tratar:
"Amor e ausência são os pais da saudade" : D. Francisco Manuel de Melo.
"Palavra mais linda, pérola da linguagem humana" :Joaquim Nabuco
"Expressa recordação e boa vontade, amor e desejo por coisa ou pessoa, afeição por ausente" : Thomas Ewbank
"Desejo e dor fundidos num sentimento dão saudade": Teixeira Pascoaes.

Em inglês, por exemplo, seriam necessárias pelo menos quatro palavras para definir de forma mais ou menos fiel o conceito de saudade: rememberance/love/grief/longuing...Homesick é uma idéia totalmente diferente.
A saudade ,para concluir, nada mais é do que o nosso modo de ler a perda e experimentar a inexorabilidade da passagem do tempo; não é nem a melhor nem a pior maneira de o fazer, mas é a nossa maneira.

Nossa, nesse texto eu abusei da coordenação, mas é um aspecto que cabe ao assunto.É isso então, postando ao som de Chris Brown,"Crawl".Espero que gostem, beijos!

momento merchan:http://copa.oi.com.br/index.php/torcida

domingo, 18 de abril de 2010

Relativizaar!


Enquanto todo mundo pulava nos blocos do Rio e nos trios de Salvador...Eu no carnaval , tirava fotos de arco-íris em penedo!


Oláa, boa noite!

Boom, o tão comentado "PUC por um dia" foi óotemo,apesar d ter madrugado la na faculdade e ter ficado em pé milhões de horas, hahaha...Foi legal.Conheci pessoas de outros cursos, possíveis calouros, veteranos de comunicação.E com esses últimos as típicas histórias dos professores, seus mitos, episódios, manias e suas...PROVAS.Deu um certo medinho, mas estou estudando p isso ne, final d Abril vem a G1,e o CR pra possíveis oportunidade de estágio/intercâmbios estará em jogo.Acabou a festa :)

Bom,as aulas de sexta foram ótimas..Em teoria da comunicação I estudamos os meios não-lineares de codificação.Novamente entra em questão a história do etnocentrismo e tal...O q eu mais gosto nessa matéria são os exemplos.Assim como em filosofia, esses casos ajudam a concretizar o conteúdo na minha cabeça, é incrível!Conhecemos um poucos de culturas que diferem totalmente da nossa!Pasmem...Já pensaram como é feita a transmissão de sentido numa língua onde não há tempo verbal??Pois eh, o caso dos Trobriandinos(nativos da costa oriental da nova Guiné) é esse, mas tudo isso é consequência de uma visão de mundo que eles têm.No nosso caso,o da sociedade capitalista; vivemos em função do tempo, tempo é dinheiro, o futuro é a meta.P/ os Trobiandinos não é bem assim, o que importa pra eles é a experiência em si, o que se vive naquele momento, não interessa fazer localizações temporais.Por exemplo, um homem da nossa sociedade diria:"quando meu pai era criança,...", os Trobriandinos não, eles diriam:"a infância de meu pai,...".É magico!Outro exemplo é o sexo: a nossa sociedade o vê na maioria das vezes como um meio de reprodução, de atingir ou gozo ou coisas parecida...Quando a mulher engravida, existe todo um tabu em torno dos 3 primeiros meses de gestação, pois nesse período há muitos riscos...perder o bebê é o pior pesadelo, pois o objetivo d estar grávida é o próprio nascimento da criança.Vejamos pela perspectiva dos Trobriandinos; o sexo é uma sequenciação de momentos agradáveis; e o fato da mulher estar grávida em si já é uma festa, um estado de espírito.É isso que se comemora,é esse momento que se desfruta, não há a finalidade do nascimento da criança puramente;como pela nossa ótica.
E não é que isso é totalmente verdade?Pq fomos perguntados tantas vezes quando criança: "O que vc vai ser quando crescer?"; quantos país não criam/moldam seu filhos p q eles sejam seus próprios reflexos,tentando recontruir um futuro que ñ foi concretizado; quantas pessoas ñ perdem o tempo presente só fazendo planos p/ o futuro?O futuro é totalmente abstrato, não nos pertence totalmente...E vivemos numa sociedade q se orienta a partir disso, d algo ñ palpável.O que diriam os asiáticos, que tanto valorizam a sabedoria d seus antepassados?Que numeram as casas da rua de acordo com a ordem de sua construção, de forma que a casa número 1 é extremamente respeitada...O mundo apresenta múltiplas facetas mesmo...É importante conhecê-las também, pra tentarmos melhorar a nós mesmos, dentro da visão de mundo de cada um.
Na aula de comunicação e expressão,vimos "A justiça de um homem"...bem legal, tenho que fazer um resumo!Mas o filme que mais gostei, dessa semana cinematográfica foi "Aconteceu naquela noite" (1934),de Frank Capra, com Clark Gable e Claudette Colbet.Esse último nos foi apresentado como exemplo quase auto-explicativo da época de ouro do cinema Hollywoodiano.

Eu tenho muuita coisa pra contar, mas o outro tema que quero abordar é muito extenso/interessante...Merece um post exclusivo:A antropologia da saudade.Hoje postei ao som de "Shiver", do Coldplay, maravilhooooooooosooo!
É isso, boa noite :)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O papel do homem na sociedade


Olá! boa noite.

As aulas de ontem foram fantásticas, mas como algumas coisas mais legais ainda me chamaram atenção hoje, aqui está.

Na aula de jornalismo vimos no texto, ao qual já me referi, o papel do jornalista.Vejamos bem, não do jornalismo que se faz hoje, nem sei se alguém algum dia já praticou o jornalismo como em sua essência, mas é o que aprendemos na faculdade.Enfim, alguns princípios básicos são: o compromisso com a verdade, a valorização primordial da relação de confiança com o leitor e o compromisso da verificação...Um dos casos que discutimos em aula foi o do último suposto pronunciamento da ex-ministra e pré-candidata a presidência do Brasil, Dilma Russef.Bom, os jornais e demais mídias repetiram como papagaios que ela havia declarado que "não deixei o Brasil , como outros, não fugi da luta na época da ditadura".Bom, o caso foi que centenas de pessoas que foram exiladas na referida época se sentiram super ofendidas, por que sair do país não foi uma opção para a maioria, e sim, o único modo de sobrevivência!Assim sendo, foi feito um paralelo com o Serra, também pré-candidato a presidência, que foi exilado e ficou 15 anos no Chile, país onde inclusive conheceu a sua atual esposa.Pronto, circo montado!No final das contas, saiu hoje na folha de São Paulo uma notinha minúscula sob o título "erramos", explicando que o jornalista que cobriu o discurso dela havia se enganado...A moral da história é, muitas vezes são cometidas erros nas matérias, isso é normal; as vezes ao escutar e transcrever simultâneamente tentando sintetizar, distorcem-se um pouco as coisas, as vezes não dá tempo de fazer a tão zelada verificação...Mas as vezes também ocorre má fé!E considerando as posições ideológicas da Folha e que o discurso estava disponível no Youtube para qualquer um ver...Tirem suas conclusões #ficaadica!
Outros casos engraçados também foram comentados, como a abordagem totalmente diferente feita pela revista veja, das enchentes do rio e de são paulo (vou tentar fazer uma matéria sobre isso para entregar ao professor, só falta tempo!) e a "posse" do Sarney da presidência do Brasil, uma vez que Lula e seu vice estarão viajando...SOCORRO!Enfim, foi bom pra refletir, mas também me deu um certo pânico em realizar que nada que nos é veiculado está totalmente isento de opiniões (lógico), mas as pessoas usam isso as vezes para fazer manipulações.Tanto as fontes em relação aos meios de comunicação como no sentido contrário.
Um exemplo muito legal dessa boa índole do jornalista foi a fala d umas das minhas colegas de sala, ela é portuguesa, veio em intercâmbio, já tem bastante experiência.Ela estava cobrindo um julgamento super polêmico (e no qual não era permitido gravar, somente portar papel e caneta)em nome de um jornal inglês.A cada testemunha e prova que era apresentada ela mudava de idéia sobre o veredicto do réu.Sua matéria foi publicada e acreditem, o juíz a cumprimentou, e elogiou a imparcialidade da sua cobertura.Nada como trabalho bem feito, não é?!
Bom, na aula de publicidade vimos o "The corporation", um documentário que mostra um outro lado das relações de consumo,diferent daquele primeiro sobre a publicidade infantil que eu comentei no outro post.Muito bom, mas como ele é extenso, só assistimos um pedacinho, pretendo ver o resto em casa.Depois ficamos discutindo alguns capítulos do "Sem Logo", as questões do marketing d essência, dos primórdios da publicidade com a chegada da revolução industrial.Muuuito legal!Algumas coisas me deram um certo medo:sempre vi a Disney como um sonho, mas depois dessa aula percebi que eh na verdade a imersão no conceito d um produto totalmente abstratos!E a cidade do Hershey´s?E o Monange Dream Fashion Tour?E o Skol Beats?A Unilever?A Nike?A minha ingenuidade caiu por terra totalmente!E o que vcs acham do neoliberalismo, e do estado que cada vez mais diminui os impostos sobre as grandes corporações?E os patrocíneos?Daqui a pouco as marcas não vão mais querer patrocinar eventos de arte, e sim vão querer ser a própria arte!Daqui a pouco o dinheiro do contribuinte será aplicado no que proporcionar mais visibilidade ao mercado corporativo,pois todo o nosso dinheiro está lá!As coisas estão chegando num ponto absurso...Vou ter que fazer uns textos sobre isso, já viu que vou ter muito o que falar ne?!
Por último gostaria de colocar aqui alguns trechos do livro :"Antropologia e Comunicação:princípios radicais", de José Carlos Rodrigues.Dá pra fazer uns paralelos bens legais com a realidade do Rio de Janeiro agora:

"Seria uma função possível, de um mundo que poderia muito bem, como o fez durante a maior parte de sua história, existir sem ele.Por conseguinte, lição número um: humildade diante da imensidão de um universo solene e soberanamente indiferente à pequenez de nossos clamores de grandeza.Existe um mundo que é independente do Homem, do qual esté é um resultado, uma "modificação"-se é que nesta escala de racioncíneo este termo tem algum sentido.
O homem é também modificador do mundo.Mas não principalmente um modificador no sentido de "agente geológico", um transformador da estrutura do universo distante e indiferente, como é nosso hábito pensar.Nessa direção não somos muito diferentes das chuvas, dos ventos, dos vulcões, do fogo, das marés, dos animais-exceto talvez por sermos menos.Naturalmente, não estou falando do Homem do último segundo antes da meia-noite, do Homem da Revolução Industrial e da autodestruição.Falo do Homem modificador do mundo, no sentido inventor: criador de mundos novos, de universos novos,indiferentes ao Homem"
[...]
"Poder-se-ia quase fazer um rigoroso paralelismo entre a história dos relógios e os momentos da ascensão dos sistemas capitalista e industrial; pelos relógios individuais, pelos relógios de ponto, pelos crônometros, pelos relógios atômicos..."
[...]
"O presente não é um meio de satisfação "futura", mas um "bem" em si mesmo.Não há "planejamento" nem há "fracassos", no sentido que atribuímos a esses termos.Semelhante raciocíneo também poderia ser aplicado ao "espaço", que costumamos ver como o "natural" por excelência.Ora, quando vemos nossas crianças desenharem suas "casas", com tetos, jardins, animais, montanhas,chaminés, mesmo quando vivem engavetadas em apartamentos, não é verdade um ideal social que estão grafando?A apropriação do espaço é um das maneiras por que mais nitidamente uma sociedade exibe sua organização:projeta-se.Não seria interessante, por exemplo, em um estádio de futebol, observar as classificações dos tipos dos lugares, como refletindo a hierarquização específica daquele tipo de público: geral,arquibancada,cadeiras,caderias especias, tribuna de honra?Ou então, em um teatro, camarotes,platéia,balcão nobre,torrinha?No mesmo sentido, não seria revelador estudar a disposição dos membros de uma família em torno da mesa de jantar, a especialização funcional dos cômodos de uma casa, a relação entre os espaços escolares e os projetos pedagógicos, as posições das pessoas dentro de um automóvel, o sentimento das pessoas dentro de ônibus e elevadores apinhados.Toda uma antropolgia da significação das relações espaciais seria possível,a partir da consideração de que espaço é algo que cada cultura convenciona e inventa".

Gente, uma coisa importante: Amanhã estarei trabalhando no "PUC POR UM DIA", evento no qual abrimos a faculdade p alunos do ensino médio conhecerem os cursos,etc.Estarei nos stands e nas palestras d geografia e controle/automação.É bem divertido, conto c a presença d todos!

Byee :)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Idéias a mil!

Olá!

Mais um longo período de ausência antes do último post...vou tentar mudar isso.Mas eu espero que coisas realmente interessantes me ocorram antes de vir escrever aqui, pra não virar bla bla bla.

Bom, vamos aos pensamentos do dia:

Na aula de introdução do jornalismo cada vez mais coisas inquietantes me são apresentadas.Estamos analisando um texto de Bill Kovach e Tom Rosenstiel, "Jornalismo, o que os jornalistas devem saber e o público exigir".É maravilhoso, muito bom mesmo!Explica alguns termos técnicos importantes, mas o que realmente me chamou atenção foi o debate que ele trava ao longo d todo texto...O conflito pelo qual o jornalismo atual passa: Jornalismo democrático X Jornalismo comercial...Dos anos 70 pra cá cresceu muito esse segundo tipo...Saindo da mente inocente d uma simples consumidora de notícias e entrando na parte acadêmica dos estudos, compreendi que de fato, todos os jornais tem as suas diretrizes: as pessoas que deixam claras as tendências e ideologias que este meio representa, através de manuais.O jornal O Globo, por exemplo...é extremamente conservador, e ainda mantém postura semelhante a de um jornal que era a voz da ditadura, acreditem!É incrível que as pessoas tenham esquecido esse histórico!Bom, não tenho calão para criticar ninguém, mas de fato...nada é por acaso!
Outra questão que vimos em aula foi a espetacularização das notícias, vide "A sociedade do espetáculo", de Guy Debord.Todos devem ter tido a mesma impressão que eu nessa semana, com essa tragédia da chuva.No final do dia eu chegava a estar deprimida, murcha de tanta tristeza...A exposição do sofrimento das pessoas era absurdo!Não estou falando pra ninguém esconder as dimensões das tragédias, que de fato era enorme!Mas aquele dramalhão se tornou diário!Desnecessário!Ao invés de expor as pessoas e ganhar dinheiro em cima disso, podiam fazer matérias profundas, sobre as reais causas de toda essa desordem, fazer o real jornalismo investigativo, que trabalha em prol da população, em defesa d seus interesses!Todos nos sabíamas que as pessoas estavam sofrendo, mas achei que a cobertura que foi feita foi cansativa, massante.
Bom, na aula de jornalismo foi isso...mas a de publicidade realmente mecheu comigo hoje.
Vimos um documentário, chamado "Criança, a alma do negócio".Nossa, sai da aula triste, confusa...O filme é muito bom, mostra a realidade da propaganda no Brasil.Enquanto nos países europeus, por exemplo, a propaganda para o público infantil sofre restrições extremas (pois este ainda não tem capacidade de discernir o bom do ruim, ainda estão em estado de formação de caráter, são extremamente influenciáveis), como não interromper os desenhos e passar no horário de menor audiência; aqui no brasil não há nada significativo sobre isso!De Setembro de 2008 pra cá, o CONAR (órgão de auto-regulação da publicidade) fez algumas modificações, mas nada muito significativo.Não é por menos que as nossas crianças são aquelas que passam mais tempo em frente a TV.É realmente um absurdo...Os comerciais são extremamente agressivos, criando um mundo de fantasia, no qual os pais se tornam os que negam a sua felicidade, por não comprar os produtos...No qual não há distinção entre pobres/ricos, criando uma certa frustação.Dessa forma as crianças não brincam mais nas ruas, só querem saber de videogames, celulares, shoppings, tv.Isso afeta principalmente as meninas, que fazem as unhas, os cabelos e filhos...cada vez mais cedo.
Bom...isso me fez pensar muito se quero fazer publicidade.Como tudo na vida, tem o seu lado bom e o ruim; a comunicação, de fato, tem um poder d influência muito forte sobre as pessoas, tanto para o mal quanto para o bem.Tenho até o 3° período pra resolver...Por outro lado, esse filme me deu mais gana ainda de cursar tal habilitação, pois fiquei com vontade de mudar toda essa situação e revolucionar o modo de fazer publicidade, publicidade para o bem!Não só bem p o bolso do cliente, mas também p/ o bem da sociedade, através da sua conscientização, como um todo.
Durante todo o dia vi coisas ruins que circulam pro ai, saídas das mãos de profissionais de comunicação que se venderam as grandes corporações, perderam completamente a essência da profissão...

Um dia de muitas reflexões, no próximo post comento a edição de "Carta Capital" que estou lendo...está demais!Muitos opiniões a dar em cima das matérias.
Essa coisa de estar na faculdade é o desabrochar mesmo, estou tendo contato com professores tão maravilhosos e que me deixam tão inquieta que é difícil até de explicar, é quase uma angústia, coisa física mesmo!Sinto que saí dessa inércia que grande parte da sociedade vive.Não me colocando numa posição superior, mas sim num estado de transcendência, de descoberta pessoal q me faz querer cada dia mais fugir do caminho do resto do rebanho.É um caminho loongo e cheio de buracos, mas que eu espero que valham a pena!A inquietude é de fato uma virtude, já dizia o professor de História do Pensamento, uma disciplina fascinante também...

Boa noite! +)

quarta-feira, 31 de março de 2010

Loucura!

Totalmente sem tempo de postar; sem falar que no dia em que o Armando Nogueira faleceu(segunda-feira), eu postei uma homenagem linda, porém, deu erro.Bom, lamento, mas a inspiração já não é a mesma...enfim.

Bom, o dia começou com uma ótima oportunidade de "bico", sim, "bico" no seu sentido de trabalho super temporário recorde! hahaha.Fui gravar umas coisas da copa pra campanha da OI, foi super divertido!Porém, mas do q ter a oportunidade d aparecer na tv, ou site, ou seja lá o que for; pra mim, foi um momento de aprendizado.Absorvi alguns conhecimentos sobre o dia-a-dia de uma agência, como as coisas acontecem ali, na real.Achei incrível, com uma budget mínima, acredito eu, eles bolaram uma idéia super divertida.Tudo feito ali, a iluminação, o audio, a filmagem...Depois virá o trabalho d som na ilha e também o trabalho da imagem...Fiquei impressionada com a idéia de que não há glamour nenhum na profissão, de fato, é botar a mão na massa, do jeito que der.

Bom, é isso...estou muito cansada e amanhã tenho bastante coisas a fazer.Vou ver se consigo comentar a "Gaiola das Loucas", peça que verei amanhã, pra dar mais conteúdo ao blog, o que era a minha intenção inicial.

Beijos beijos, eu sei q ninguém lê, hahaha. =)